Dívidas / Endividado ? - Endividamento: até quanto você pode tomar em empréstimos?
Embora você não queira, não restou outra alternativa a não ser buscar um
financiamento e, após muita
pesquisa, você escolheu a opção que mais lhe fazia sentido. Porém, mesmo que
as condições oferecidas em uma determinada linha de crédito sejam atrativas,
você precisa verificar se ela se
encaixa na sua realidade financeira. Assim, avalie qual o peso da prestação
no seu orçamento.
Avaliar o grau de endividamento é
simples . Basta uma calculadora ou, simplesmente, uma folha de papel e um
lápis. A metodologia é bastante adotada pelas instituições que oferecem crédito,
e certamente deve lhe dar uma boa fotografia da sua situação.
Tudo o que você deve fazer é calcular qual a porcentagem das suas
receitas que será comprometida pelas prestações. Esta comparação é
fundamental, pois você irá utilizar o que recebe para pagar suas dívidas, sempre
lembrando que ainda tem que arcar com todas as suas outras despesas.
Qual parcela cabe no meu orçamento
De forma geral, a "regra de ouro" do financiamento é evitar que a parcela que
você irá pagar mensalmente ultrapasse 25% da
renda mensal bruta da família. Esse é o número que muitas instituições
financeiras utilizam na concessão de crédito, pois, afinal de contas, uma
exposição maior pode aumentar o seu risco de crédito, o que não é bom nem para
você nem para quem está emprestando os recursos.
Porém, muitas vezes você precisa ser ainda mais cuidadoso. Mesmo que a prestação
comprometa uma parcela inferior a 25% do seu
orçamento, avalie o quanto dele já está comprometido, e se você realmente
tem como absorver esse gasto extra. A última coisa que pode ocorrer é você não
ter condições de arcar com as parcelas e necessitar um novo financiamento.
Caso não se sinta confortável, avalie se não é o caso de esperar um pouco mais
para levantar esse crédito. Será que não vale mais a pena adiar a realização do
sonho, ou, no caso de uma emergência, recorrer a cortes drásticos no orçamento,
e até mesmo à venda de bens para obter o dinheiro de que precisa?
Calcule seu endividamento total
Além disso, você não deve concentrar sua análise somente em uma dívida. É
fundamental que o seu endividamento total, ou seja, a soma de todos os
financiamentos que você tem em aberto, não ultrapasse 25% do que você ganha. A
única exceção é quando uma parcela significativa se refere ao crédito
imobiliário. Mas, mesmo assim, evite que essa proporção supere 35% da renda
familiar.
Não esqueça de incluir, se for o caso, a parcela utilizada do limite do cheque
especial e o que você tem em aberto nos seus cartões de crédito. Todas as formas
de endividamento devem entrar no cálculo.
A precisão deste "termômetro" de endividamento varia bastante caso a caso, mas
as pessoas que têm mais do que 40% da renda comprometida com pagamento de
dívidas já estão em descontrole financeiro. Portanto, a margem entre o sinal
vermelho (40%) e a situação ideal (abaixo de 25%) é pequena.
Análise ao longo do tempo
Ainda que essa análise seja feita no momento da concessão do financiamento, como
os prazos envolvidos são longos, não são raros os casos em que essa relação se
deteriora com o passar do tempo, seja porque a amortização da dívida é muito
lenta, ou simplesmente porque houve perda de renda.
Portanto, realize sua análise constantemente, tentando identificar mudanças no
seu perfil, tanto em termos de endividamento, renda ou demais gastos, que possam
dificultar sua situação no futuro. Qualquer desvio em relação à proporção ideal
deve ser rapidamente corrigido, principalmente por meio da redução de despesas.
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