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Dívidas / Endividado ? - Endividamento: até quanto você pode tomar em empréstimos? 

Data: 30/05/2007

 
 
Embora você não queira, não restou outra alternativa a não ser buscar um financiamento e, após muita pesquisa, você escolheu a opção que mais lhe fazia sentido. Porém, mesmo que as condições oferecidas em uma determinada linha de crédito sejam atrativas, você precisa verificar se ela se encaixa na sua realidade financeira. Assim, avalie qual o peso da prestação no seu orçamento.

Avaliar o grau de endividamento é simples . Basta uma calculadora ou, simplesmente, uma folha de papel e um lápis. A metodologia é bastante adotada pelas instituições que oferecem crédito, e certamente deve lhe dar uma boa fotografia da sua situação.

Tudo o que você deve fazer é calcular qual a porcentagem das suas receitas que será comprometida pelas prestações. Esta comparação é fundamental, pois você irá utilizar o que recebe para pagar suas dívidas, sempre lembrando que ainda tem que arcar com todas as suas outras despesas.

Qual parcela cabe no meu orçamento
De forma geral, a "regra de ouro" do financiamento é evitar que a parcela que você irá pagar mensalmente ultrapasse 25% da renda mensal bruta da família. Esse é o número que muitas instituições financeiras utilizam na concessão de crédito, pois, afinal de contas, uma exposição maior pode aumentar o seu risco de crédito, o que não é bom nem para você nem para quem está emprestando os recursos.

Porém, muitas vezes você precisa ser ainda mais cuidadoso. Mesmo que a prestação comprometa uma parcela inferior a 25% do seu orçamento, avalie o quanto dele já está comprometido, e se você realmente tem como absorver esse gasto extra. A última coisa que pode ocorrer é você não ter condições de arcar com as parcelas e necessitar um novo financiamento.

Caso não se sinta confortável, avalie se não é o caso de esperar um pouco mais para levantar esse crédito. Será que não vale mais a pena adiar a realização do sonho, ou, no caso de uma emergência, recorrer a cortes drásticos no orçamento, e até mesmo à venda de bens para obter o dinheiro de que precisa?

Calcule seu endividamento total
Além disso, você não deve concentrar sua análise somente em uma dívida. É fundamental que o seu endividamento total, ou seja, a soma de todos os financiamentos que você tem em aberto, não ultrapasse 25% do que você ganha. A única exceção é quando uma parcela significativa se refere ao crédito imobiliário. Mas, mesmo assim, evite que essa proporção supere 35% da renda familiar.

Não esqueça de incluir, se for o caso, a parcela utilizada do limite do cheque especial e o que você tem em aberto nos seus cartões de crédito. Todas as formas de endividamento devem entrar no cálculo.

A precisão deste "termômetro" de endividamento varia bastante caso a caso, mas as pessoas que têm mais do que 40% da renda comprometida com pagamento de dívidas já estão em descontrole financeiro. Portanto, a margem entre o sinal vermelho (40%) e a situação ideal (abaixo de 25%) é pequena.

Análise ao longo do tempo
Ainda que essa análise seja feita no momento da concessão do financiamento, como os prazos envolvidos são longos, não são raros os casos em que essa relação se deteriora com o passar do tempo, seja porque a amortização da dívida é muito lenta, ou simplesmente porque houve perda de renda.

Portanto, realize sua análise constantemente, tentando identificar mudanças no seu perfil, tanto em termos de endividamento, renda ou demais gastos, que possam dificultar sua situação no futuro. Qualquer desvio em relação à proporção ideal deve ser rapidamente corrigido, principalmente por meio da redução de despesas.


 
Referência: -
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