Plano de Negócios - Comércio eletrônico em cinco passos
O varejo virtual tem crescido, nos últimos anos, a média superior de 50% ao
ano e atraído milhares de novas lojas, desde os maiores players do varejo até
microempresas dos mais longínquos rincões do nosso grande Brasil. Entretanto,
estamos apenas no início, e para auxiliar as empresas interessadas em entrar no
comércio eletrônico, sintetizamos em cinco passos, essa trilha.
Loja virtual – No Brasil, temos mais de 1 milhão de sítios das mais
diversas naturezas. Uma parte significativa desses sítios são chamados
institucionais, pois apresentam apenas informações da empresa e, em alguns
casos, começam a divulgar produtos e mostrar o portfólio.
Entretanto, para que um sítio seja considerado uma loja virtual é necessário que
o comprador consiga navegar pelas categorias de produtos e visualizar a
descrição e fotos do produto, depois, adicioná-lo a um carrinho de compras –
semelhante ao que ocorre em uma compra de supermercado. Além disso, o consumidor
pode escolher a forma e a condição de pagamento e ter a garantia da entrega no
local informado, por meio de um sistema de acompanhamento do pedido e entrega
dos produtos. Essas são as características de uma loja virtual.
Para montar uma loja virtual existem diversos provedores de solução no mercado,
dentre eles, os Correios. O CorreiosNet Shopping é uma solução de comércio
eletrônico dos Correios para a realização de compra e venda de bens e serviços,
próprios e de terceiros, na internet, totalmente integrada aos demais serviços
de entrega SEDEX, e-SEDEX, PAC (entrega econômica), Exporta Fácil e as formas de
pagamento da VisaNet, Redecard, Bradesco, Banco do Brasil, dentre outros.
A venda a distância é sempre uma relação de confiança entre o comprador e o
vendedor, uma vez que o pagamento é efetuado já no primeiro instante e o
produto, que não foi verificado pessoalmente será entregue posteriormente.
Portanto, para fortalecer essa relação, as pequenas e médias empresas, que
muitas vezes não possuem marcas fortes e presença física abrangente, podem
contar com alguns selos virtuais de validação disponíveis na internet.
Existem, pelo menos, quatro selos de grande relevância que devem ser utilizados
pelas lojas. O selo bitConsumidor do e-bit que é definido pelas avaliações dos
consumidores das lojas; o selo Empresa Reconhecida BuscaPé, que avalia 27
critérios, fortalecendo a capacidade de atendimento da loja; o selo Entrega
Garantida Correios, exclusivo para as empresas que utilizam os serviços de
entrega dos Correios, fortalecendo a idoneidade dessas empresas e os selos
CertSign e VeriSign que garantem a segurança dos dados trafegados.
Atendimento ao cliente – O atendimento ao cliente começa quando ele entra
na loja. Nas lojas de varejo físico, temos sempre um vendedor ou um consultor de
vendas a disposição para demonstrar e detalhar o produto, auxiliar na comparação
e incentivar a compra. Na internet, esse trabalho fica por conta da interface da
loja, da descrição e das imagens do produto. Eles são os únicos e verdadeiros
vendedores virtuais.
A descrição do produto também deve conter detalhes técnicos, especificações
técnicas, pois, no mínimo, estará auxiliando a decisão de compra. As imagens
devem demonstrar o produto com todos os seus detalhes, deve conseguir substituir
uma demonstração pessoal do produto.
Além de um bom texto e boas fotos de produtos, os consumidores ainda podem
sentir-se inseguros para realizar uma compra ou após a realização da compra.
Para minimizar essa insegurança, precisamos colocar a disposição do cliente o
máximo de informações físicas, tangíveis, como telefone para contato, endereço
da empresa e, até mesmo, o atendimento on-line, muito comum nas grandes lojas.
Outra fonte de insegurança é o pós-venda. Os clientes querem saber se poderão
trocar ou devolver o produto e como poderão fazer isso, se necessário.
Informações sobre a logística reversa é fundamental para aumentar a confiança do
consumidor na loja.
Pagamento na internet – O varejo de bens de consumo na internet é
predominantemente realizado pelas classes A e B. No entanto, no primeiro
semestre de 2006, a participação da classe C foi a que mais cresceu no comércio
eletrônico. Esse é o público de compradores com cartão de crédito no País.
Conforme dados do e-Bit, cerca de 70% das compras são realizadas com cartão de
crédito e 13% com boleto bancário. Disponibilizar essas duas formas de pagamento
é imprescindível para o início de uma operação de varejo na internet.
Além disso, cerca de 60% das compras são parceladas. O parcelamento no cartão de
crédito tem impulsionado as vendas e está se tornando uma condição essencial na
venda de produtos de maior valor agregado.
Serviços de entrega – Após a escolha e pagamento do produto, o lojista
precisa entregar. No Brasil, o preço do frete é sempre calculado à parte e
somado ao valor da compra. O princípio universal de uma entrega é que, quanto
mais rápido for a entrega e mais longe o destino, maior será o valor do frete.
O cliente deveria escolher entre receber no dia seguinte por um valor X ou
receber em quatro dias com um valor Y, menor que X. Por isso, as empresas de
entrega, em geral, disponibilizaram aos clientes duas linhas de serviços de
entrega, a expressa e a econômica. Além disso, para exportações, existem os
serviços de entrega internacional.
A linha de produtos de entrega expressa dos Correios é composta pelo SEDEX e o
e-SEDEX. O SEDEX possui tempo ótimo em uma cobertura nacional. Já o e-SEDEX é
exclusivo para o comércio eletrônico e está limitado a 141 localidades, as
principais cidades consumidores do comércio eletrônico.
O representante da linha econômica dos Correios é o produto PAC. Um serviço com
prazo de entrega garantido, destinado às remessas com maior volume e com prazo
dilatado. Ainda dos Correios, para exportação, a empresa disponibiliza os
serviços Exporta Fácil e SEDEX Mundi, que utilizam a exportação simplificada e
faz todo o trâmite alfandegário.
Além dos serviços de entrega, algumas ferramentas são fundamentais para a gestão
de uma loja virtual:
» Cálculo automático do frete – Mostra aos clientes os preços e prazos
das formas de pagamento.
» Rastreamento de objetos – Permite que os consumidores acompanhem onde
se encontra o seu produto ao longo do percurso de entrega.
» Serviço de logística reversa – O direito de arrependimento previsto no
artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor obriga aos varejistas on-line a
permitir a troca ou devolução da mercadoria em até sete dias, após a entrega.
Para isso, é fundamental o serviço de logística reversa. Os Correios
disponibilizam uma solução que coleta o objeto na casa do consumidor ou permite
que a loja emita uma autorização de postagem reversa para o consumidor trocar ou
devolver o produto.
Promoção de vendas – Nos quatro passos anteriores, montamos toda a
estrutura necessária à operação de comércio eletrônico. Agora, para vender basta
anunciar. No varejo tradicional, os pontos comerciais, em que passam o maior
fluxo de pessoas, são valiosos e concorridos. De forma semelhante, na internet,
precisamos levar os produtos, as ofertas, para onde os usuários se encontram.
Cerca de 70% das compras envolvem algum processo de busca. Na internet, a
informação é tanta que a única alternativa dos usuários é o uso da busca. Por
isso, anunciar e utilizar as ferramentas dos sistemas de busca têm sido as
melhores alternativas.
Existem dois tipos de sítios de busca: aberta, como o Google, Yahoo, Cadê,
dentre outros e os sítios de busca de produtos e comparação de preços, como o
BuscaPé, BondFaro, ShoppingUOL e Jacotei.
O modelo de propaganda é baseado em CPC (Custo Por Clique), ou seja, o lojista
só pagará se houver um clique do usuário e, portanto, o redirecionamento do
usuário para o site do lojista.
Nos sítios de busca aberta, o serviço é chamado de link patrocinado, ou seja, os
lojistas “compram” as palavras-chaves buscadas, relacionando-as aos seus
produtos e serviços. Por exemplo: ao fazer uma busca em sítios de busca aberta
pela palavra “computador portátil”, terá no resultado os sítios de maior
relevância associados a essa palavra e também aos links patrocinados.
Já no resultado da busca nos sítios de busca de produtos e comparação de preço
são mostradas informações do produto buscado e a lista de lojas com os preços
desse produto.
Em ambos os casos, os lojistas só pagam pelos cliques realizados. O valor é a
partir de 10 centavos e o máximo é definido pelo mercado. Isso porque, quem paga
mais, tem maior prioridade no resultado da busca.
Outro meio de grande resultado para o lojista é o marketing direto. Com o envio
de mala-direta física aos novos clientes e aos atuais, o lojista reforça a marca
e divulga as ofertas diretamente ao cliente, com expressivas taxas de retorno.
As grandes lojas têm investido cada vez mais na divulgação e venda de produtos
por catálogo físico.
Referência:
vendamais.com.br
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