O seguro residencial é bem mais barato que muita gente imagina. Por um valor
anual de apenas 0,1% a 0,2% do valor da cobertura, você pode proteger sua casa
ou seu apartamento contra incêndio e roubo, além de explosões, danos elétricos e
responsabilidade civil (danos a terceiros). É bem menos que um seguro de
automóvel, que pode custar 20% do valor do carro - ou até mais - se ele já tiver
alguns anos de uso.
Considerando que a casa de uma família - além de seus móveis e equipamentos -
costuma ser seu maior patrimônio, o seguro residencial deve receber atenção
igual ou maior que a dada ao carro. Principalmente se considerarmos os índices
de assalto a residências registrados nas grandes cidades brasileiras. As
seguradoras oferecem pacotes padronizados, com diversas coberturas. A principal
é a de incêndio, que oferece o maior valor de indenização. As demais coberturas,
como roubo, são acopladas ao plano principal, conforme o interesse do cliente.
Em geral, as coberturas adicionais representam frações da indenização por
incêndio. Mas você pode alterá-las conforme suas necessidades. "Cada R$ 10 mil a
mais de cobertura para roubo tem um impacto de apenas R$ 8 por ano no preço do
seguro", diz Marcelo Rosal, gerente de produto da Unibanco AIG.
O preço do seguro é proporcional ao risco do imóvel. Quem mora em casa paga
mais, é claro. O seguro de casas de veraneio também custa mais que o de moradias
habituais. Em São Paulo, segundo Marcelo Goldman, diretor de seguros
massificados da AGF Seguros, o custo da cobertura de uma casa fica até 30% mais
caro que o de um apartamento. E o seguro de um imóvel de veraneio pode custar
até o dobro do preço da cobertura de moradia habitual. Nesse caso, as
seguradoras costumam impor restrições: a maioria não cobre roubo de
eletroeletrônicos nem incêndio em casa de madeira.
Para calcular o valor correto de cobertura de incêndio, deve-se excluir o valor
do terreno, já que ele não pega fogo. No quesito roubo em moradias habituais, a
conta deve incluir produtos eletrônicos como televisores, DVDs e aparelhos de
som. Jóias e obras de arte exigem um seguro à parte. Outro item para ficar
atento refere-se à cobertura de danos elétricos. Algumas seguradoras, como a
Tokio Marine, pagam o valor de um aparelho novo similar ao danificado. Outras
usam uma tabela de depreciação para fazer o reembolso.