Filhos - Crie seus filhos dentro da sua realidade financeira
Se o seu filho conquista tudo "no grito" em casa, cuidado! O fato de amá-lo e
sentir a necessidade de proporcionar o que tiver ao seu alcance para vê-lo feliz
é uma opção bastante perigosa que pode, com o passar do tempo, levá-lo a
fantasiar uma rotina muito diferente da realidade financeira da família.
A intenção de se mostrar presente para os filhos, seja por conta dos
compromissos profissionais ou mesmo de problemas conjugais, faz com que muitos
pais exagerem na dose quando o assunto é dinheiro e eliminem uma palavra
fundamental para manter as regras da casa no item orçamento: o não!
Respeito ao padrão de vida
Seus filhos podem, e devem, participar do orçamento doméstico da família desde
cedo, e não há traumas nisso! Isso significa que você deve se recusar a comprar
itens desnecessários, estabelecendo datas para presentear e regras e condições
para a realização de alguns sonhos de consumo.
É claro que o objetivo de todo pai é proporcionar um ensino de qualidade e
ótimas condições de vida aos seus "pequenos". Mas tal caminho pode levá-lo à
armadilha de se endividar oferecendo a eles algo que você não tem condições de
sustentar por muito tempo.
Um exemplo: torna-se inviável colocá-lo numa escola que cobra R$ 1 mil pela
mensalidade, se você recebe R$ 3 mil de salário e sustenta sua casa. Lembre-se
dos gastos com água, luz, telefone, compras do supermercado, financiamento do
apartamento, condomínio e creche do filho caçula ...isso sem falar no vestuário,
medicamentos, convênio médico e tantas despesas extras que aparecem pelo
caminho!
Diante disso, cuidado para não se atolar em dívidas! A causa é nobre, mas com o
tempo você perceberá os efeitos negativos da decisão protetora.
Realidade em família
Caso consiga uma bolsa de estudos numa escola conceituada e de padrão financeiro
mais elevado, prepare bem a cabeça do seu filho: afinal, terá amigos de poder
aquisitivo superior ao seu e freqüentemente irá se deparar com colegas que
possuem hábitos e hobbies completamente distintos...e fora da sua realidade
financeira!
A viagem à Disney, as roupas de grife, o celular de último tipo na mochila,
assim como tantos outros sonhos de consumo farão parte desse cenário. E tudo
isso precisa ser bem trabalhado na cabeça das crianças. Não como algo
inatingível, mas sim, quem sabe, como uma meta a ser alcançada futuramente com
planejamento, estratégia e pés no chão.
Lembre-se: educar significa dizer não na hora certa!
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