- Na hora de montar o orçamento, um erro comum das pessoas é esquecer ou dar
um peso pequeno para as despesas extraordinárias. Afinal, por não serem
previsíveis, torna-se complicado traçar uma perspectiva de quanto será gasto com
isso no futuro.
No entanto, apesar dessa dificuldade, todo mundo deve estar pronto para
enfrentar as despesas não planejadas. Elas podem ser de várias formas, desde um
tratamento dentário inesperado até uma despesa com mecânico após trafegar em uma
estrada esburacada. Isso sem contar os casos mais sérios, como tratamento médico
intensivo ou perda de alguém importante.
Fique preparado
Para fazer face ao inesperado, o melhor é estar preparado. Para isso, é
importante montar uma reserva de emergência, que permita que você consiga arcar
com obrigações não planejadas. O ideal é conseguir juntar um valor equivalente
próximo de três a seis meses de despesas.
Obviamente estes recursos não devem ficar em caixa. Quem tem dinheiro investido,
por exemplo, em caderneta de poupança, fundos de investimentos ou CDBs, pode
considerar estes investimentos como uma reserva de emergência. Mas atenção: nem
todos os investimentos atendem a esse objetivo.
Cuidado com a liquidez
Por exemplo, quem tem recursos investidos em imóveis sabe da dificuldade que
pode surgir caso seja necessário vender a propriedade para gerar caixa
rapidamente. Desse modo, ativos de baixa liquidez, como imóveis, obras de arte
ou participações em empresas servem como reserva, mas não para emergências.
Já o investimento em ações pode atender ao critério liquidez, uma vez que é
fácil e rápido vender ações de grandes empresas. A única questão é saber se você
vai obter o preço desejado, pois a necessidade de recursos pode surgir, por
exemplo, em um momento de queda do mercado.
Como reduzir o risco
Por outro lado, existem diversas formas de reduzir o risco de despesas
extraordinárias. A principal dela é através da contratação de seguro. Contratar
um seguro para sua casa ou seu carro pode reduzir as perdas potenciais a valores
bem mais aceitáveis, sem que, muitas vezes, você tenha que pagar muito por isso.
Se isso funciona quando falamos de bens materiais, o mesmo se aplica com nosso
maior ativo: a saúde. Vale a pena contratar seguro de vida e plano de saúde, não
somente para você, mas também para sua família. Embora os preços muitas vezes
possam parecer salgados, a tranqüilidade que isso pode trazer não tem preço.
Cuidado também com queda nas receitas
Porém, o inesperado não vem somente do lado das despesas: muitas vezes podemos
deixar de contar com uma fonte de renda. Isso vale para diversas situações,
desde a perda de emprego de um assalariado até fatores que reduzam os
rendimentos de quem tem seu próprio negócio e utiliza essa renda para pagar as
contas do dia-a-dia.
Como é mais difícil obter proteção para esses fatores, a recomendação de criar
uma reserva de emergência é reforçada. É importante lembrar que a falta de
planejamento para encarar situações inesperadas é uma das principais causas do
descontrole financeiro de muita gente. Portanto, antes prevenir do que remediar.