“Por que somente fulano pode trocar de horário de almoço?”, “Qual o motivo
leva beltrano a poder sair mais cedo com frequência?” ou “Existe alguma razão
para que ciclano tenha prioridade nas vendas?”.
Não raro, questões como as listadas acima ficam na cabeça dos profissionais,
fazem parte das rodas de café e, segundo a gerente executiva da Ricardo Xavier
Recursos Humanos, Patrícia Fadini, podem levar à desmotivação da equipe.
“As pessoas se sentem desvalorizadas e podem ficar desmotivadas ao perceberem
que um membro da equipe tem privilégios sobre os demais”, explica a gerente.
Líder
Patrícia explica ainda que, ao privilegiar um funcionário, o líder corre o
risco de que outros membros de sua equipe busquem novas oportunidades no mercado
de trabalho.
Além disso, com tal atitude, ele pode demonstrar que é imaturo e toma a maior
parte das decisões com base na emoção. Assim, diz ela, o líder deve se policiar
para não privilegiar ninguém, prestando atenção, sobretudo, no feedback dos
liderados, que podem vir a demonstrar de forma sutil alguma insatisfação.
O que fazer?
Ao se deparar com uma situação de privilégio a outro membro da equipe,
orienta a especialista, o ideal é que a pessoa foque no seu próprio trabalho,
pois, segundo ela, é muito complicado apontar diretamente o problema, já que
pode não ser claro o tipo de relacionamento ou interesse do chefe com o
funcionário beneficiado.
No que diz respeito à pessoa que recebe privilégios, diz, se a situação for
involuntária, o ideal é que o profissional procure neutralizá-la para não correr
o risco de ser excluído pelo grupo.