Clique aqui para ir para a página inicial
 

Pular Links de Navegação
»
Home
Contato
Calculadoras
Consultoria
Conteúdo
Cotações
Perfil/Testes
Serviços
Parceiros
Mapa site
[HyperLink1]
Cadastrar
 
    
Assuntos

Total de artigos: 11132
    

 

 

Investimentos / Fundos - Rentabilidade: entenda como funcionam as debêntures oferecidas pelo BNDES 

Data: 30/05/2007

 
 

Uma das principais dúvidas dos investidores em relação à oferta de debêntures recentemente anunciada pelo BNDES diz respeito à rentabilidade. Afinal de contas, se o perfil de risco do banco estatal de fomento deixa a maioria dos investidores tranqüilos e a liquidez deixou de ser um problema, é a rentabilidade que deve fazer a diferença.

O próprio BNDES anunciou que a rentabilidade, composta por três componentes, deve ficar alinhada com o retorno dos títulos do Tesouro Nacional. Mas quão são estes componentes e como cada um deles influencia na rentabilidade final?

Correção pela inflação medida pelo IPCA
O primeiro elemento que determina a rentabilidade é a correção pelo IPCA. O valor nominal investido será atualizado desde a data de liquidação da oferta até seu vencimento pela variação do índice de preços usado pelo Banco Central para determinar as metas de inflação.

Assim, o valor investido será automaticamente protegido em termos de valor de compra, ou seja, deve crescer em linha com a variação do IPCA no período de investimento. Portanto, isso reduz o perfil de risco, já que existe uma proteção automática contra possíveis sobressaltos na inflação, o que não acontece, por exemplo, em um título pré-fixado.

Cupom de 6% ao ano
Além da proteção contra a inflação, a debênture oferece também uma taxa de juro anual, ou cupom, de 6% sobre o valor nominal. Assim, quem investiu R$ 10 mil receberá todos os anos R$ 600,00 a título de juros, sem contar a correção do valor investido que será realizada para fazer frente à inflação medida pelo IPCA.

Vale lembrar que o cupom de 6% não significa que a rentabilidade da operação será de 6% ao ano, já que existe correção pela inflação e também uma taxa de deságio, que permitirá que a taxa efetiva da debênture supere, provavelmente com certa margem, este patamar de 6%.

Deságio em relação ao valor nominal
O terceiro componente da rentabilidade é o deságio que será oferecido em relação ao valor nominal das debêntures, que será de R$ 1.000,00. Isso significa que, além dos dois elementos descritos acima, o investidor também ganhará com o desconto oferecido. E será este desconto que trará a diferença entre o cupom e a taxa efetiva ao investidor.

Quanto maior o desconto, maior será o retorno. Simulações do BNDES indicam que um desconto de 10,07%, ou seja, a oferta da debênture a um preço de R$ 899,27, levará o rendimento a 8,5% ao ano acima da variação do IPCA. Caso o desconto seja de 13,74%, o retorno anual será de 9,5% acima da inflação.

Comparando investimentos
Embora o desconto que será oferecido ainda não tenha sido anunciado e, portanto, a rentabilidade seja ainda indefinida, é possível posicionar as expectativas de retorno das debêntures em relação a outras opções de investimento.

Uma comparação natural é com as NTN-B (Nota do Tesouro Nacional - série B), títulos emitidos pelo Tesouro que também pagam cupom e que têm seu valor nominal corrigido pelo IPCA. De acordo com informações disponibilizadas no site do Tesouro Direto, existe uma série de NTN-B com vencimento em 2011 com rendimento atualmente na faixa de 8,6% acima da variação do IPCA.

Para quem quer comparar com títulos pré-fixados, o mercado aposta que a Selic feche o ano de 2007 em um patamar em torno de 12% ao ano, o que indicaria uma taxa Selic média na faixa de 12,6% para o ano que vem. Como as expectativas do mercado para a inflação medida pelo IPCA, segundo o relatório Focus, fica em torno de 4,1%, o retorno acima da inflação não ficaria muito distante de 8,5% ao ano.

Desconto agressivo pode fazer a diferença
A expectativa, portanto, é de um desconto no mínimo na faixa de 10%, o que alinharia a rentabilidade das debêntures, que vencem em 2012, com outros investimentos. Dois fatores, porém, devem ser destacados. Apesar da classificação de risco da BNDESPAR ser a mesma que o governo brasileiro, títulos de agências governamentais tendem a pagar um pouco mais.

O segundo fator é o interesse do BNDES em utilizar esta transação para popularizar o mercado de debêntures junto à base de investidores pessoa física. Assim como ocorreu no caso do lançamento do fundo PIBB, que ofereceu diferenciais interessantes em relação ao investimento direto em ações, a expectativa é esta transação seja vantajosa frente a investimentos similares.

Portanto, na hora de decidir pela sua participação, decida qual desconto mínimo você está disposto a receber, de forma que sua participação ficará condicionada a uma taxa de juro que faça sentido para sua estratégia de investimento



 
Referência: InfoMoney
Autor: Equipe Infomoney
Aprenda mais !!!
Abaixo colocamos mais algumas dicas :