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Negócios / Empreendedorismo - Financeiro e intelectual: de olho no patrimônio na família 

Data: 07/11/2007

 
 
A família que pretende manter o negócio que possui por longo prazo deve, em primeiro lugar, instalar um balanço de todos os bens para rever os investimentos feitos. Isso porque, como em uma aplicação qualquer, os acionistas, neste caso os membros da família, devem saber como a empresa está se saindo.

De acordo com o autor do livro "Riqueza Familiar: Como manter o patrimônio por Gerações", James E. Hughes Jr., o balanço da maioria das empresas reflete resultados passados e futuros em períodos de tempo específicos, a fim de analisar tendências e exibir o progresso de sua empreitada.

O comércio define dois anos como curto prazo para analisar tendências. As companhias familiares que pretendem manter o patrimônio, por sua vez, devem tomar como curto prazo o mínimo de 20 anos, referente a uma geração, de acordo com a tabela abaixo:

 
Período Negócio comum Negócio familiar
Curto Prazo 2 anos 20 anos (uma geração)
Médio Prazo 5 anos 50 anos (duas gerações)
Longo Prazo 10 anos 100 anos (três gerações)
Fonte: Riqueza Familiar: Como Manter o Patrimônio por Gerações

"Essa diferença de pontos de vista afeta profundamente a natureza dos ativos e passivos que estão sendo avaliados, e também fortalece o planejamento a longo prazo. Com essa ferramenta, cada membro de uma família pode aprender a agir como um acionista", diz o livro.

Balanço
De acordo com o livro, o balanço familiar é uma tentativa de medir como uma família está administrando seu capital humano. "É um adendo - e não um substituto - para o relatório financeiro de uma família. Um negócio de administração de bens deve, como qualquer outra organização financeira, conhecer sua capacidade econômica para dar cabo de sua missão".

Depois de analisado o período do balanço, para que possa rever os efeitos dos investimentos feitos, é hora de colocar tudo na ponta do lápis. O que realmente entra nesse balanço da família? A avaliação abaixo permite instruir todas as pessoas ligadas ao negócio:
  • Ativos: capital intelectual de cada membro da família; capital financeiro de cada membro da família; capital social de cada membro da família.

     
  • Passivos: pode ser dividido em riscos internos (morte, divórcio, vícios, segredos, credores, comprometimento da saúde, relacionamentos deficientes com curadores, programas de investimentos de menos de cinquenta anos), riscos externos (inflação, administração inadequada do curador, impostos e taxas sobre patrimônios ou outras formas de transferência de bens, guerras, desastres naturais, mudanças de sistema político e ausência de segurança de pessoal) e riscos de curto prazo (impostos sobre renda, flutuação do mercado, inexistência de uma declaração de missão e ausência de educação financeira).
Os ativos menos os passivos resultam no Patrimônio Líquido, que deve responder às seguintes perguntas: os membros da família estão em busca da realização pessoal? O capital intelectual e humano está crescendo em relação aos riscos que a família corre? A família, como um todo, está se preservando? Está acertando mais do que errando?

Se as respostas para essas perguntas forem positivas, o balanço intelectual da família está bem protegido e, conseqüentemente, o financeiro também.


 
Referência: -
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