Marido e mulher trabalham e, dia após dia, planejam a melhor
forma de esticar os salários até o final do mês, para o cumprimento de todos os
pagamentos. Água, luz, telefone, plano de saúde, supermercado, condomínio,
escola das crianças...uma infinidade de contas.
Em nossa situação hipotética, o referido casal conta com uma renda familiar de
R$ 5.200,00, resultado da soma do salário do marido, de R$ 3.200,00 com o da
esposa, de R$ 2.000,00. Quando este mesmo casal resolve se divorciar, cedo ou
tarde ambos vão se deparar com um problema que nem cogitavam: uma queda
significativa no orçamento familiar. Veja por quê:
Esposa fica responsável pelas crianças
Tudo resolvido em comum acordo, fica com a mãe a guarda das três crianças, em
idade escolar. Vale lembrar que ex-esposa e filhos continuam morando no mesmo
apartamento. De acordo com o processo, o pai fica encarregado de pagar,
mensalmente, uma pensão de R$ 1.280,00 aos filhos, ou seja, uma quantia que
corresponde a 40% do seu salário.
Conclusão: a mãe conta agora com uma receita de R$ 3.280,00 para pagar as mesmas
despesas da casa e das crianças, além dos gastos pessoais. Sem contar que muito
possivelmente ela precisará contratar alguns serviços extras, como perua escolar
ou alguém para ajudar a cuidar das crianças, já que não tem mais com quem
revezar nestas tarefas.
Por outro lado, como fica a situação do ex-marido
Para o homem, ficam três opções: voltar a morar com os pais, dividir um
apartamento com o colega de trabalho ou morar sozinho. Visando preservar sua
privacidade, ele opta pela última alternativa.
Com isso, passa a ter agora novas despesas: aluguel do apartamento, lavanderia,
faxineira e alimentação. Seu orçamento, com isso, também cai: conta agora com R$
1.920,00 para cumprir com seus compromissos financeiros, uma vez que o restante
é utilizado para o sustento dos filhos.
Muitos procuram soluções alternativas
Por essas e outras, notamos que algumas famílias têm procurado alternativas
bastante peculiares de driblar o problema financeiro. Uma delas, e nada
convencional, é que marido e mulher, mesmo divorciados, optam por continuar
morando na mesma casa, dividindo as despesas e respeitando, porém, a liberdade
de cada um. Há quem garanta que a convivência pode sim ser bastante saudável,
mas tudo é questão de gosto.
Planejamento é o mais importante
Com saídas alternativas ou não, vale lembrar que, mesmo sob forte envolvimento
emocional acarretado pela separação, o casal deverá estar ciente de todas as
conseqüências da decisão tomada.
O ideal é que, pensando no bem estar dos filhos e na preservação do respeito
mútuo, o casal possa encontrar soluções que os ajude a manter o padrão
financeiro conquistado, para que isso não reflita, por exemplo, no dia a dia das
crianças. Nesta hora é preciso deixar as divergências de lado e encontrar a
melhor saída.
Uma dica é listar todas as despesas de antes e de depois do divórcio,
procurando, com isso, excluir alguns itens em prol de outros mais importantes. A
idéia é rever e priorizar os gastos, tanto de um lado como de outro.
A divisão de bens, embora seja um assunto bastante delicado nestas ocasiões,
também deve ser levada em consideração na hora de analisar o orçamento. Fácil?
Nem um pouco. Mas nada que não possa ser resolvido com maturidade e,
principalmente, planejamento