Liderança. Existem muitas informações sobre liderança, como
desenvolvê-la, exemplos de líderes eficazes, biografias, entre outras. Todos
esses dados e estudos são importantíssimos para aumentarmos o conhecimento a
respeito dessa temática. Contudo, o que quero reforçar aqui é a aplicabilidade,
a praticidade de colocarmos em ação tudo o que achamos prioritário das coisas
aprendidas nos livros, nas revistas, nos jornais, nas pesquisas, nos MBA´s e nos
exemplos de vida.
Líderes. Nas palavras de H.S.M Burns compilada no livro de
citações Hombre de Exito, "Um bom gerente é aquele que não se preocupa com
sua própria carreira, mas com a daqueles que trabalham para ele". Parece
ser esta a "nova" postura descoberta pelas empresas hoje. O líder que aglutina
pessoas observando os talentos e as competências de cada uma para colocá-las em
favor dos objetivos e das metas, no lugar certo, na equipe certa, na tarefa mais
adequada para ela.
Líder-educador. O líder que educa, sendo transparente ao
trazer informações tanto das qualidades da equipe quanto das atitudes
individuais ou grupais que precisam ser melhoradas. Se preocupa com o
desenvolvimento e a qualidade de vida de seus parceiros de trabalho. Intimamente
sabe que seu "jeitão de ser" nas relações interpessoais pode servir de modelo e
exemplo para quem está ao seu redor. Da mesma forma se mantém aberto para
aprender com os outros.
Realidade. Agora, devemos ser bastante sinceros em admitir
que educar-se para assumir uma postura mais de líder-educador e aglutinador é
bastante trabalhoso quando não se tem um temperamento mais sociável e pacífico,
da anticonflituosidade. Ou até mesmo, e isto é pior, quando não existe um querer
real da diretoria. Mas, mesmo assim, você pode escolher quem quer ser e como
quer ser.
Anticonflituosidade. O que dificulta mais na formação do
líder-educador aglutinador são os emocionalismos exacerbados. Esses não
contribuem nem um pouco para um temperamento anticonflituoso. Um exemplo disto é
a famosa irritação. "Estava tão bem hoje! Fulano veio e me tirou do sério,
fiquei irritado!". Quem já não ouviu ou passou por isto? Em primeiro lugar,
não foi o outro que te deixou irritado, foi você quem sentiu irritação. Em
segundo, você se irritou porque tem baixa tolerância para compreender as
imaturidades da outra pessoa, e se tem isto, também está sendo imaturo. Simples
assim.
Imaturidades. Atitudes imaturas emocionalmente como raiva,
irritação, medo, inseguranças, arrogância, prepotência, infantilismos, "tremer a
mão", vaidades - "o querer estar sempre certo ou ganhar" -, ou a defesa do
indefensável (egoísmos) de querer sempre ter a última palavra, geralmente fazem
com que a comunicação entre as pessoas fique truncada e falhe. Sendo que, antes
disto ocorrer, houve uma má interpretação da informação, seja ela qual for. Aí
ocorrem os conflitos.
Escola de Líderes. A idéia da Escola de Líderes é trabalhar
o desenvolvimento dos profissionais que atuam em funções de liderança ou na
formação de líderes em seus aspectos intrapessoal, interpessoal e intergrupal. O
objetivo é a ampliação do autodiscernimento em seu estilo de manifestação
singular, levando em consideração as repercussões que este estilo gera nos
ambientes de trabalho e da vida pessoal.
Variáveis. Na Escola são experimentadas diversas situações
vivenciais que servem de laboratório de aprendizagem e de autoconhecimento. O
participante passa a perceber as emoções que travam uma melhor manifestação de
sua liderança; seu estilo de liderar; seu estilo de comunicação; traços pessoais
fortes e traços a melhorar; qualidades que não conhecia; além de técnicas
práticas para fazer a reciclagem de suas atitudes e modus operandi.
Reciclagem. Rollo May em seu livro O Homem em Busca de Si
Mesmo diz: "Liberdade é a capacidade de o homem contribuir para a sua
própria evolução". Já tive experiência de implantar a filosofia da Escola
em quatro empresas e os resultados são imediatos, entretanto, é preciso que haja
acompanhamento da equipe de Gestão de Pessoas ou coaching nos três
meses após a Escola para que as pessoas fixem o hábito do autodidatismo e da
autocrítica. Quando o líder toma gosto pela reciclagem pessoal, não há mais como
retroceder, porque ele vê os resultados em seu dia-a-dia e aí não precisa mais
que outras pessoas o estimulem para se desenvolver. Passa a contribuir para que
outros profissionais se desenvolvam também.