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Investimentos / Fundos - Dívida externa: saiba como funcionam e como investir 

Data: 30/05/2007

 
 

Dentre as categorias de fundos de investimentos, os fundos de dívida externa, ou também chamados de fundos de investimento no exterior, talvez fiquem entre os menos conhecidos da maioria dos investidores. Isso não significa, porém, que não possam representar uma boa opção de investimento.

Estes fundos se constituem na forma mais fácil de investir nos títulos da dívida externa brasileira. Ou seja, se você quer investir em títulos de renda fixa, tanto do Governo como de empresas brasileiras, e aceita assumir o risco de ver sua rentabilidade afetada pelas variações do dólar frente ao real, esta pode ser uma boa opção.

O que são e no que investem
Os fundos classificados como de dívida externa devem aplicar, no mínimo, 80% de seu patrimônio em títulos da dívida externa brasileira emitidos pelo Governo Federal, com até 20% do patrimônio em outros títulos de renda fixa que sejam negociados no mercado internacional.

Deste modo, estes fundos devem ter ao menos 80% dos recursos investidos em títulos emitidos pelo Brasil no exterior, como os bônus globais, por exemplo. Já os demais 20% podem ser alocados tanto para outros emissores brasileiros, como bancos ou empresas, por exemplo, ou mesmo títulos de outros países.

Rentabilidade
A rentabilidade destes fundos é determinada por três componentes principais: a taxa de juro paga pelos títulos, o desempenho destes papéis no mercado internacional e a taxa de câmbio entre o dólar e o real.

A grande maioria destes títulos paga juros de forma semestral, o que determina uma importante parte da rentabilidade oferecida. Além disso, uma melhora na percepção do risco país por parte dos investidores tende a levar a uma valorização nestes títulos, trazendo um ganho de capital. Estes dois elementos determinam a rentabilidade em moeda estrangeira.

Como a grande maioria dos investidores brasileiros analisa o desempenho de suas aplicações em reais, é necessário converter o desempenho em moeda estrangeira registrado por estes fundos em reais. Portanto, uma valorização da moeda brasileira frente ao dólar reduz a rentabilidade destes títulos quando medida em reais, com o inverso ocorrendo quando o dólar sobe.

Riscos
Todos os fundos que investem em ativos de renda fixa são sujeitos a dois riscos principais: crédito e mercado. No caso dos papéis da dívida externa, o risco de crédito é o Brasil simplesmente decidir, ou não ter condições, de honrar seus compromissos externos. Portanto, estes fundos têm como maior risco uma moratória da dívida externa brasileira.

Já os riscos de mercado são uma forte deterioração da percepção de risco Brasil, o que levaria a uma queda no preço dos títulos e, conseqüentemente, no valor das cotas (já que existe marcação a mercado) ou uma valorização do real, o que afeta o desempenho em termos de moeda nacional.

No entanto, um observador atento pode perceber que estes fatores, em geral, andam em sentidos opostos: em momentos de crise, quando o preço dos títulos cai, o dólar tende a subir, com o inverso ocorrendo em cenários favoráveis. Portanto, o desempenho destes fundos não é, na grande maioria dos casos, sujeito a grandes variações.

Quanto e onde
Boa parte dos principais bancos brasileiros oferece esta alternativa de investimento aos seus clientes, de forma que a aplicação é simples, comparável, neste sentido, às demais categorias de fundos de investimentos.

Existem alternativas de fundos cujo montante de aplicação inicial é de apenas R$ 1 mil, de forma que não é necessário ser milionário, especulador ou banqueiro internacional para aplicar nos títulos da dívida externa brasileira através dos fundos de investimentos no exterior.



 
Referência: Yahoo Finance
Autor: InfoMoney
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