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Aposentadoria - Previdência é opção para diversificar aplicações 

Data: 30/05/2007

 
 
Os produtos de previdência privada à disposição no mercado são utilizados pelos consumidores de diversas formas, de acordo com a finalidade que se pretende dar ao montante acumulado a longo prazo. Essa forma de acúmulo de capital, aos poucos, vai se integrando à cultura dos investidores na hora da diversificação das aplicações financeiras, vista pelos economistas como essencial para a proteção do dinheiro a longo prazo.

O conselho vale para todos: evitar ao máximo a acumulação de capital em apenas um tipo de investimento, o que aumenta o risco de um possível prejuízo.

Para aqueles que declaram o imposto de renda por meio do formulário completo, o atrativo do investimento, se comparado com os fundos de aplicação comuns é a dedução até o limite de 12% da renda bruta anual do contribuinte .

"Quando se aplica em um FIF (Fundo de Investimento Financeiro), por exemplo, são descontados 20% de Imposto de Renda, o que, na prática, faz com que a rentabilidade caia para 80% do juro do CDI", explica Hosannah M. Santos Filho, diretor de Vida e Previdência do Unibanco AIG Previdência.

Mas atenção: se quiser investir em um PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), não aplique mais do que 12% do total do seu rendimento bruto. Acima dessa margem, deixa de haver vantagem fiscal, podendo gerar até um imposto maior a pagar.

Longo Prazo - Quem pretende utilizar um plano de previdência privada como investimento, deve ficar atento que o investimento é de longo prazo.

"É necessário ter confiança na instituição que se está investindo esse dinheiro, até porque o seu relacionamento com ela pode superar os 50 anos, em um caso de uma pessoa que contribua por 30 anos e passe outros 20 da sua vida sendo beneficiada pelos resgates", diz Santos Filho.

Apesar de os critérios serem um pouco subjetivos, algumas observações podem ajudar na escolha: a empresa ter dois sócios diferentes, o que minimiza o risco caso uma delas tenha alguma dificuldade, e se possível de países diferentes, o que evita que uma crise como a vivida recentemente pela Argentina, possa "derrubar" os dois sócios de uma vez.

Como calcular a sua renda - Outra dúvida freqüente daqueles que optam por um plano de previdência privada é imaginar quanto será a sua renda ideal para o período em que deixar de trabalhar.

Santos Filho explica que esse valor pode ser de 60% da renda atual do trabalhador, ainda que algumas observações com o passar dos anos devam ser levadas em conta.

"Esse valor de 60% foi obtido por meio de estudos técnicos e leva em conta que com o passar dos anos, despesas como de prestalção da casa própria e estudo dos filhos, por exemplo, diminuem ou deixam de existir, sendo que um valor menor do que o atual seja suficiente para manter o mesmo padrão de vida", diz.

Porém, ele alerta para um detalhe: "normalmente, as pessoas fazem esse calculo no início da aplicação e com o passar dos anos deixam de o atualizar. Assim, uma pessoa que ganhe R$ 2 mil, quando começou a aplicação, depois de cinco ou dez anos pode ter um rendimento melhor, chegando a R$ 5 mil, por exemplo. Para essa pessoa, seria interessante fazer uma revisão da aplicação, para não se decepcionar na hora do resgate, já que o seu padrão de vida mudou para melhor", afirma. "O interessante é que se faça uma revisão a cada cinco anos, deixando-a de acordo com o padrão de vida da época, para que se possa manter o mesmo patamar de consumo."



 
Referência: Invertia
Autor: Vagner Magalhães - Redação Terra
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