Com a entrada em vigor de sistema que inclui informações sobre recall no
Renavam, o comprador de carro usado poderá saber se o veículo foi convocado e
passou pela vistoria.
Além desse novo recurso, a aquisição de um carro que não é zero quilômetro
deve se cercar de uma série de cuidados, para evitar prejuízos. De acordo com o
WebMotors, em primeiro lugar, vem a velha pesquisa de preços, que deve começar a
ser feita somente depois de definidos o modelo que se pretende comprar e o
orçamento disponível.
Neste momento, a internet pode ser uma boa aliada, já que permite a
comparação simultânea entre modelos semelhantes, com a mesma versão, motorização
e equipamentos. “Muitas vezes, a falta de itens como ar-condicionado e direção
hidráulica podem fazer o preço cair entre R$ 1 mil e R$ 3 mil”, explica o portal
especializado em veículos.
Apesar da importância da pesquisa de preços, o WebMotors recomenda que o
comprador não baseie sua escolha apenas no produto mais barato, porque, ao
vender carros com valores abaixo do mercado, algumas lojas emitem uma nota
fiscal ou recibo contendo a expressão “venda no estado”. De acordo com o Procon,
a expressão quer dizer que o carro não se encontra em perfeitas condições. Neste
caso, o comprador deve exigir que venha especificado no documento fiscal quais
são os problemas que o carro apresenta.
Mais dicas
O estado de conservação, aliás, é outro fator a que se deve prestar atenção,
conforme indicado abaixo:
Aparência: verifique com bastante atenção o carro por dentro e por
fora, descartando os que tenham interior sujo, mal cuidado, bancos danificados
ou itens faltando no painel. Veja também o alinhamento da lataria e se o carro
tem manchas na pintura ou diferenças de cor.
Veículos com manual, chave reserva, histórico de manutenção e laudo, por
exemplo, também indicam que o carro foi bem cuidado. No entanto, evite os
veículos que tenham sido tunados ou modificados, que não sigam as especificações
originais.
Local de compra: prefira adquirir o carro em lojas, revendas ou
concessionárias, já que, segundo o Procon, estes estabelecimentos são obrigados
a seguir o CDC (Código de Defesa do Consumidor). Os carros usados devem ter
entre três e seis meses de garantia contra problemas mecânicos.
Mesmo assim, procure lojas ou revendas tradicionais e com referências.
Caso escolha fazer negócio diretamente com o atual dono, levante o máximo de
informações possíveis por telefone, como o estado de conservação do carro e se
há multas pendentes. Também combine um lugar seguro para conhecer o veículo,
procurando marcar em local público, de preferência durante o dia.
Check up: verifique se itens como faróis, limpadores de para-brisa,
desembaçador, cintos de segurança e pisca-alerta funcionam. Também não deixe de
observar os itens opcionais, caso o carro os tenha.
Se possível, leve um mecânico de confiança, que tem conhecimento técnico para
verificar um eventual problema, e desconfie de vendedores que dão a
justificativa de que o reparo é simples.
Também veja a possibilidade de fazer um test drive, para verificar o
desempenho do carro em ruas esburacadas, valetas e em outras condições de piso.