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Ações / Bolsa de Valores - Mercados de capitais: Conheça as formas de investir no mercado de capitais 

Data: 30/05/2007

 
 

Investidores podem optar por fundos e clubes de investimento.
Quem aplica não deve esperar ficar milionário, adverte especialista.

Não existe um valor mínimo para começar a investir no mercado de capitais. A quantia investida depende da aplicação, do valor das ações e da instituição escolhida. Algumas corretoras oferecem clubes de investimento (veja abaixo) em que é possível investir a partir de R$ 50 mensais.

Por ser uma aplicação de risco, o professor Crivelaro recomenda não ter mais do que 20% das economias investidos no mercado de capitais. "Precisa ser um dinheiro que a pessoa realmente não precise – que se perder não vai afetar sua vida", diz.

O engenheiro civil Jansen Treiger segue a recomendação do professor e mantém 16,34% de seus investimentos em ações. "O resto mantenho em fundos imobiliários e fundos de investimento", diz. Já o empresário Marcelo Guerrero tem um perfil arrojado de investimento: 100% de suas economias estão aplicadas na bolsa. "Quem quer ganhos altos tem que correr riscos", afirma.
 

  • Conheça as opções:


Fundos multimercado (risco baixo)
São indicados para quem vai fazer a "transição" da poupança e dos fundos de renda fixa para os investimentos em renda variável (ações). Os fundos multimercado são formados por ativos de renda variável e de renda fixa.

A rentabilidade é pouco maior que a renda fixa, e os fundos oferecem a garantia de não precisar arriscar todo o valor investido. As cotas podem ser adquiridas nos bancos, que administram a carteira do fundo.

Fundos de ações (risco médio)
Também administrados por bancos, são ideais para quem quer arriscar um pouco mais. Nesse caso, o banco gerencia um "pacote" de ações de várias empresas e o investidor compra parte desse bolo. Como as ações estão diluídas entre empresas diferentes, o risco de perda é reduzido.

Crivelaro recomenda evitar os chamados fundos setoriais, formados por ações de um mesmo segmento (empresas de energia, de telefonia etc.) e optar pelos que andem paralelo ao índice Bovespa, que têm boa rentabilidade e são mais simples de acompanhar.

Clubes de investimento (risco médio)
Tipo de investimento que ganhou popularidade nos últimos anos, os clubes funcionam como um investimento coletivo. Um grupo de pessoas – que podem ser funcionários de uma mesma empresa, familiares ou amigos – se junta para investir em ações.

Nesse caso, quem decide em quais papéis investir é um dos membros do clube, que vai representá-lo e passar as ordens de compra e venda a uma corretora contratada. Algumas instituições já têm clubes aos quais é possível aderir.

O advogado Pérsio Freitas reuniu um grupo de amigos e procurou uma corretora para iniciar um clube de investimentos. "Com o clube, nós compartilhamos a gestão e diluímos o risco", diz ele.

Individualmente (risco alto)
O investimento direto em ações é recomendado apenas para quem tem disposição para correr riscos e tempo para dedicar aos investimentos. "Para um principiante, é uma forma de investimento muito ousada", diz Crivelaro.

Nessa modalidade, o investidor dá as ordens de compra e venda de ações diretamente a uma corretora contratada para atuar na bolsa em seu nome. Por isso, quanto mais informações sobre o mercado e as empresas o investidor tiver, melhores as chances de ser bem-sucedido. "É preciso um conhecimento elevado do mercado de capitais, de política, de economia. Tem que ser uma pessoa que tenha fundamento e possa dedicar algumas horas por dia a isso", adverte o consultor.

Para o engenheiro Jansen Treiger, é preciso disciplina para investir individualmente: "Tenho o hábito de todos os dias, de manhã cedo, olhar o site da Bovespa, ver o que aconteceu no dia anterior. Também verifico os balanços das empresas".

Quem opta por investir individualmente passou a contar, nos últimos anos, com o home broker, um sistema que permite enviar ordens de compra e venda às corretoras pela internet.  

  • O que esperar

Com os altos rendimentos da bolsa nos últimos anos, muitos investidores esperam multiplicar o dinheiro em pouco tempo. Mas, segundo Crivelaro, a realidade é diferente: "Quem faz esse tipo de investimento deve ter em mente um retorno de cerca do dobro obtido na poupança", afirma. "Não é para pensar que vai ficar milionário".



 
Referência: G1 - Economia e Negócios
Autor: Laura Naime
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