Consumidor - Foto: equipamento caro nem sempre é o melhor para fotógrafo amador
Esqueça o ditado "quanto mais caro, melhor". Ele pode até ser aplicado em
diversas situações, mas, na hora de comprar uma câmera fotográfica, não é
preciso escolher o equipamento mais caro do mercado, se sua intenção é apenas
registrar os momentos marcantes do cotidiano.
"Muitas pessoas acham que devem comprar um equipamento profissional ou
semi-profissional para conseguir bons resultados, mas o fotógrafo amador não
precisa de tudo isso, pelo contrário. Se ele não souber usar todos os recursos
disponíveis nesses aparelhos, pode acabar estragando as fotos, enquanto câmeras
mais simples e baratas, se bem utilizadas, garantem resultados bastante
satisfatórios", garante o fotógrafo da Boog Produções, Hélber Aggio.
Para ele, câmera digitais simples disponíveis no mercado suprem com bastante
qualidade as necessidades de quem gosta de fotografar, mas não trabalha com
isso. "Basta prestar atenção em alguns detalhes para comprar o equipamento
ideal, sem gastar demais".
Preste atenção!
De acordo com Aggio, a primeira coisa a ser observada, quando alguém vai comprar
uma câmera, é a resolução com que ela fotografa, os famosos megapixels.
Atualmente, existem no mercado câmeras amadoras com mais de 10 megapixels,
o que pode ser um exagero. "Se a intenção não é revelar pôsteres com mais de 40
centímetros, os equipamentos com 4 MP dão conta do recado tranqüilamente.
Resoluções muito maiores podem até se tornar um estorvo, já que acabam fazendo
arquivos muitos grandes, que lotam o computador", explica.
Para o fotógrafo, também não há necessidade de comprar flash avulso. "As câmeras
amadoras possuem bons flashs, que, aliados à regulagem do ISO, resultam em boas
fotos. A grosso modo, o ISO determina a claridade da foto. Portanto, quanto
maior o ISO, mais clara a foto fica. No entanto, quanto maior o ISO, mais a
imagem fica granulada. O ideal é usar o ISO sempre entre 200 e 400, e nos
ambientes escuros, acionar o flash", aconselha Aggio.
Gastar mais com câmeras que oferecem controle manual de entrada de luz e
velocidade do obturador também não vale a pena, para quem não sabe trabalhar com
esses recursos. "A maioria das câmeras possui algumas programações
pré-estabelecidas para fotos à noite, paisagem, neve, aniversários (quando
apenas o fogo da velinha ilumina o ambiente), que são suficientes para quem não
é um profissional da fotografia. Esses programas garantem resultados muito bons,
sem que o fotógrafo se preocupe com o fato de ter ou não programado os controles
manuais corretamente", diz Aggio.
Vale a pena investir
Para o fotógrafo da Boog Produções, vale a pena gastar mais na hora de comprar o
equipamento para ter uma preciosa função, que, segundo ele, faz toda a diferença
na hora de conseguir bons resultados em uma foto: o zoom óptico.
"É claro que várias coisas precisam ser avaliadas, como marca, lente, funções,
se aceita ou não pilhas recarregáveis, mas o zoom óptico influencia bastante o
resultado das fotos. Também é preciso ressaltar que os consumidores devem evitar
o uso do zoom digital. As lojas costumam alardear que os equipamentos possuem
até 30 vezes de zoom digital, mas o desse tipo distorce toda a foto. O bom é ter
o maior zoom óptico possível. Ele é o zoom real da lente e com ele é possível
aproximar a imagem, sem estragar a foto", garante.
Aggio dá ainda uma importante dica para o fotógrafo amador: o zoom óptico ajuda
a não distorcer a foto. "Quem nunca ouviu alguém reclamar que saiu gordo na
foto, que a câmera engorda e que em foto profissional isso não acontece? O
segredo é o zoom. Ele tira esse efeito de "engorda" da imagem. Eu aconselho
todos a usar um pouquinho de zoom na hora de fotografar, mesmo quando o objeto
que será clicado está perto. Os resultados vão melhorar bastante", garante o
profissional.
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