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Banco / Cheque / Conta - Procon dá dicas para cliente não sair perdendo na relação com seu banco 

Data: 30/05/2007

 
 

Correntistas e bancos nem sempre mantêm uma relação harmoniosa. Tarifas cobradas em excesso ou sem que o cliente saiba de sua incidência; fraudes detectadas em contas-correntes e desentendimentos quanto às cláusulas contratuais são apenas alguns exemplos de como pode surgir o conflito entre as partes.

Para evitar problemas desta natureza, vale os correntistas ficarem atentos a algumas práticas básicas que podem proporcionar o melhor custo-benefício dos serviços bancários.

Segundo a Fundação Procon-SP, uma boa relação entre clientes e instituições financeiras começa no ato da assinatura do contrato da conta. Nesta ocasião, é importante que os correntistas se familiarizem com todas as condições impostas pelo banco, para que depois não se surpreenda.

A ficha de inscrição contém informações importantes, como saldo médio exigido para manutenção da conta; forma e custo do fornecimento de talões de cheque e cartões magnéticos; prazo para recuperação de cheques compensados e procedimento de encerramento da conta. Cabe ressaltar que o correntista tem direito a manter uma cópia do contrato antes de assiná-lo.

Tarifas
Outra fonte de discórdia recorrente entre clientes e bancos são as tarifas por serviços prestados. Produtos que antes eram gratuitos, desde 1996, com autorização do Banco Central, passaram a ser cobrados segundo os preços estipulados pelas próprias instituições. Por isso o correntista precisa pesquisar muito antes de decidir em qual banco quer abrir sua conta.

Nesta análise, além dos custos e eventuais pacotes promocionais, nunca é demais considerar as reais necessidades do correntista no dia-a-dia bancário, já que muitas vezes são oferecidos descontos em serviços que sequer são utilizados pelo cliente.

Embora a cobrança de tarifas agora seja legal, vale ressaltar que alguns serviços são obrigatoriamente gratuitos, como o fornecimento de um extrato e de um talão de cheques com dez folhas todos os meses; a substituição de cartões magnéticos por motivos que não cabem ao cliente; manutenção de caderneta de poupança com saldo superior a R$ 20 e que não permaneçam inativas por mais de seis meses; e manutenção de contas salário, de aposentados e pensionistas, caso sejam usadas apenas para receber e sacar o valor.

Já as condições de cobrança dos serviços pagos precisam ser informadas ao cliente em quadros didáticos e afixados de forma ostensiva em todas as agências bancárias. O correntista tem sempre o direito de saber quanto custa e como deve ser pago qualquer serviço bancário.

Conferir extrato facilita descoberta de problemas
O cliente também deve conferir regularmente seus extratos bancários, já que só assim poderá detectar eventuais problemas e abusos em tempo hábil para serem contornados sem grandes dores de cabeça. Nestes extratos, a nomenclatura dos serviços cobrados precisa ser clara para o correntista, justamente para que ele tenha condições de administrar suas contas.

Nestas conferências, quando forem constatados saques ou transferências irregulares na conta do cliente, o banco precisa ser informado imediatamente. Na prática, ninguém está totalmente seguro contra estas fraudes. Os bancos são responsáveis pelos danos causados a seus correntistas e, uma vez notificados, geralmente reembolsam as vítimas rapidamente.

A análise dos extratos também pode indicar a ocorrência de cheques adulterados. Nesta situação, faz-se necessário o registro de um boletim de ocorrência em uma delegacia de polícia e a solicitação para que o banco efetue uma microfilmagem do cheque em questão e abra um processo administrativo.

Se a adulteração for grosseira, o banco é obrigado a ressarcir o cliente; se for mais bem feita e de difícil comprovação, somente uma ação judicial contra o banco pode resolver a questão. Para evitar este processo, vale a atenção no ato de preencher o cheque, utilizando sempre caneta própria e não deixando espaços em branco.

Fechando a conta
Outro problema recorrente enfrentado pelos correntistas aparece na hora em que eles desejam encerrar suas contas. Muita gente acha que apenas parar de movimentar a conta e deixá-la sem saldo positivo já é o suficiente para configurar seu fechamento. Caso não se manifeste formalmente, a conta simplesmente continua existindo, o que implica na cobrança de tarifas para sua manutenção.

Para que isso não aconteça, é fundamental que o cliente encerre seu contrato com o banco em um documento escrito e entregue pessoalmente, em duas vias, na agência na qual possuía a conta. Uma cópia fica com o banco, e outra com a própria pessoa. Deve-se ficar atento em relação a cheques pré-datados que ainda podem ser compensados e à incidência futura de CPMF. Tudo isso precisa ser quitado antes do fechamento da conta.

Caso o correntista ainda tenha alguma dúvida no que se refere a sua relação com o banco, ou julgue que esteja saindo prejudicado em alguma questão, ele pode entrar em contato diretamente com a Fundação Procon-SP, seja em seus postos de atendimento, localizados nos Poupatempos da Sé, de Santo Amaro e de Itaquera, seja por seu telefone de contato (151) ou sua página na internet (www.procon.sp.gov.br).



 
Referência: febraban.org.br
Autor: Equipe Infomoney
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