Moedas. No fundo da bolsa, no bolso da calça, na mesinha da sala ou no
console do carro, elas aparecem! Poucos se dão conta de que elas podem
representar os primeiros passos na arte de poupar, sobretudo quando o assunto é
ensinar educação financeira às crianças.
Quem já não ouviu falar na moeda número 1 do tio Patinhas, personagem milionário
de Walt Disney? Pois bem, que tal se inspirar nele para ensinar um pouco de
economia aos filhos?
A idéia não é criar "avarentos", mas sim pessoas melhor informadas sobre
economia, preparadas para lidar bem com o dinheiro .
Para quem acha que é cedo falar sobre isso com os pequenos, saiba que, quando
menos se espera, eles estarão ao seu lado pedindo a calça mais cara, o tênis da
melhor marca ou a bolsa daquela tão sonhada grife, e dizer simplesmente "não"
poderá ser um tremendo problema. Portanto, abra os olhos e comece hoje mesmo!
O bom e velho cofrinho
Faça uma experiência durante um mês: compre um cofrinho para o seu filho e peça
a ajuda dele para cuidar das moedas "espalhadas" pela casa. Procure incentivar a
tarefa, dando a ele também algumas "contribuições" durante o período. O conceito
de mesada também poderá ajudar.
Ao final dos trinta dias, você ficará surpreso com os resultados: as incontáveis
moedinhas garantirão ao seu filho um dinheirinho extra! É provável que você ache
a quantia "insignificante", mas para a criança será uma tremenda vitória.
Assim, você perceberá que de forma simples o seu filho aprenderá pequenas lições
que serão usadas durante toda a vida: o fato de cuidar de um simples cofrinho dá
a ele noções de responsabilidade, da importância de poupar e de zelar por
pequenos valores, que, guardados de maneira disciplinada e periódica, poderão
lhe proporcionar vantagens no futuro!
Produto de R$ 12,90 não custa R$ 13!!
Nesta política de maior atenção às moedas, é importante que você também reveja
seus hábitos! Lembre-se: um produto de R$ 12,90 não custa R$ 13!
Isso significa dizer que a arte de desprezar os "centavos" e, conseqüentemente,
as "moedinhas", nos leva ao hábito de, ao longo do tempo, desconsiderar os
valores "quebrados".
Quer um exemplo? Ao fazer uma cotação de preços de TV, você poderá cair na
armadilha do arredondamento, agora com valores mais altos, já que cultivou este
costume: um aparelho de R$ 1.150, para você, passa a custar R$ 1 mil, e assim
por diante.
Aspectos simples como este, na correria do cotidiano, passam despercebidos para
você. Entretanto, na busca por referências, seus filhos estão sempre de olho em
seus atos. Com o tempo, agirão da mesma forma. Por isso... capriche no bom
exemplo o quanto antes!