Pensar na educação financeira dos filhos é obrigação de todos
os pais, sobretudo quando falamos de casais que se divorciaram. Neste caso, a
atenção ao fato deve ser ainda maior, em razão da costumeira disputa pela
atenção dos filhos durante, e após, este processo sempre delicado.
Por isso, caso haja ou não um entendimento entre os, agora, ex-cônjuges, é
preciso passar por cima das diferenças e olhar com cuidado para a educação das
crianças. E o aspecto financeiro não pode ser esquecido, já que em cada casa o
filho passará a vivenciar uma nova rotina.
Atenção não se compra
O primeiro aspecto é deixar a criança fora de qualquer disputa pessoal. Sua
atenção não deve ser conquistada pela compra de presentes, pelo ganho desmedido
de mesadas ou pelos passeios fantásticos a cada fim de semana. Para isso, é
preciso muita conversa entre os pais. Difícil? Sim, porém necessário!
Isso porque, caso haja uma disputa, começará aí uma verdadeira bola de neve. O
pai, ou a mãe, passa a atender a todos os pedidos do filho, na tentativa, muitas
vezes inconsciente, de compensar algo. O ex-marido, ou ex-mulher, por sua vez,
não aceitará sair perdendo, e acabará seguindo o mesmo caminho.
A criança, com isso, começa a perceber um lado positivo em toda esta
"competição": conseguir ganhar tudo o que deseja. Depois de certo tempo, a
situação se torna incontrolável.
Conciliando interesses
Pensando no futuro, pelo menos nesta questão, os pais precisam chegar a um
acordo. O primeiro passo é respeitar as regras de educação orçamentária dos
filhos, tendo como base o "pacto" de só presentear a criança em datas especiais,
por exemplo.
É importante entender que ninguém sairá perdendo com isso, e que a criança
poderá aprender, desde cedo, a valorizar seus pertences, compreendendo a
importância de preservar o que tem.
Independente do fato de terem rotinas distintas e de morarem em casas separadas,
os pais devem estabelecer a regra conjunta de motivar seus filhos a participarem
do orçamento doméstico, pedindo sua "ajuda" nas medidas tradicionais de
economia, como, por exemplo, na redução do uso do telefone e do tempo de banho.
Enfim, superando suas diferenças e criando certos padrões para os filhos, os
pais sentirão os bons resultados, principalmente quando o assunto for consumo.