Filhos - Produtos populares ainda dominam Dia das Crianças
Cachorros-robô que tocam MP3. Bonecas que falam 800 palavras.
Bichinhos de pelúcia que andam e cantam. A tecnologia não pára de crescer e,
dessa vez, os pequenos são o alvo das lojas, que fizeram investimentos e
prometem grandes novidades na área para o Dia das Crianças, que compreende 40%
de todo a venda anual de brinquedos.
Segundo estimativa da Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos
(Abrinq), no entanto, 70% do mercado ainda é dominado pelos produtos mais
simples, de até R$ 30.
Mesmo assim, a chamada "tecnologia embarcada" chegou ao Brasil para ficar. A
expectativa de crescimento no faturamento, pelo menos por enquanto, é de 4% ao
ano - no mesmo ritmo dos produtos convencionais.
Nova tendência
Uma das fabricantes e distribuidoras que apostaram no novo mercado é a Gulliver.
Este ano, a proposta são os bichinhos de estimação cibernéticos. Um exemplo é o
iDog que, com aparência de um cachorro, serve como receptor de músicas MP3 e
dança conforme a música que está tocando.
"Essa tendência é muito forte, porque as crianças estão cada vez mais em contato
com a tecnologia; a informação é muito maior do que antigamente. Tudo isso
proporciona a necessidade da criança ter esses produtos mais cedo", explicou o
gerente nacional de vendas da empresa, Paulo Benzatti.
O setor ainda está crescendo para a empresa, com cerca de 7% de seu mercado
consumidor. A Gulliver explica ainda que, apesar dos investimentos no mercado
high tech, com importações da Hasbro, os produtos de até R$ 30 ainda são o
carro-chefe da marca.
"Temos uma qualidade muito grande nesse setor. Acreditamos que a participação
dos brinquedos de alta tecnologia cresça à medida que eles se desenvolvam."
Expectativa
A expectativa de Abrinq é que os produtos fiquem cada vez mais sofisticados.
Mas, segundo a associação, o mercado convencional não corre o risco de perder
consumidores para o da tecnologia embarcada, exatamente por casa do preço.
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