Para alguns profissionais, as palavras “Festa de Final” podem soar como
músicas aos ouvidos, mas, para outros, elas podem causar arrepios. Isso porque,
dentro de uma empresa, existem aqueles que não veem a hora de começar a
comemoração e aqueles que esperam ansiosamente pelo momento de determinar.
O mestre em Administração de Empresas, professor da Universidade Mackenzie e
professor tutor da FGV-RJ, Marcos Morita, explica que estes eventos são difíceis
de agradar a todos. Segundo ele, as reclamações mais comuns são que as festas
são longe demais, muito cedo, muito tarde, cafonas, chique demais, servem comida
ruim ou pouca variedade, entre outras.
Perfil dos participantes
Pensando nos tipos que frequentam as festas de confraternização, o
especialista apontou alguns perfis. Veja abaixo se você se identifica com algum:
Papa-léguas: avessos a este tipo de comemoração, resolvem dar uma
passadinha com receio dos comentários de chefes e colegas de trabalho. Têm na
ponta da língua desculpas como "tenho outra festa ou estava trabalhando até
agora". Como o pássaro homônimo, costumam sair com a mesma velocidade que
chegaram aos ambientes.
Viciados em trabalho: não esquecem seus afazeres, nem mesmo enquanto
comem ou bebem. Costumam se aproveitar do clima informal para resolver problemas
ou cobrar pendências, entre um copo de uísque ou bolinho de queijo. Por esta
razão, costumam ser vistos sozinhos, passeando entre as mesas e rodas de
conversa.
Bem-vindos: em toda a empresa há aquele sujeito boa-praça e
comprometido, o qual costuma resolver os problemas de todas as áreas. Bem
recebido em todos os grupos, costuma aguardar com ansiedade a festa de
confraternização, sugerindo, ajudando e participando ativamente em sua
organização.
Bajuladores: o mais famoso e antigo dos grupos é também o mais
estratégico, identificando seus alvos com precisão milimétrica. Podem ser vistos
ao lado ou ao redor das rodas de diretores, superintendentes ou
vice–presidentes. Comparados aos paparazzi, adoram uma foto ou bajulação.
Soltinhos: gostam de aproveitar a festa, exagerando muitas vezes na
dose, literalmente. Com mais álcool e menos juízo, costumam criar situações
hilárias ou embaraçosas, as quais servem para compor o mural de fotos ou as
lendas que povoam todas as empresas. A situação piora quando decidem enfrentar a
lei seca.