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Finanças pessoais - Como fazer o seu planejamento? 

Data: 16/09/2008

 
 

Você sabe, exatamente, para onde está indo o seu dinheiro? Então, é hora de definir como pretende administrar a quantia que recebe todos os meses e assumir o controle da situação.

Regra básica: renda é ponto de partida

Se você não está satisfeito com essa regra básica do planejamento, pois acha que a sua renda é pequena demais para atender às suas necessidades, reflita sobre a situação.

Caso esteja convencido de que não há possibilidade de cortar despesas, você só tem duas alternativas: rever seu padrão de vida ou procurar fontes alternativas de renda.

Tenha uma meta para despesas correntes

Na ânsia de cortar gastos, nunca deixe de alocar parte da sua renda para o lazer. Você deve reduzir as despesas para esse fim, mas não suprimi-las por completo. Afinal, de nada adianta poupar pensando no futuro, se para isso você é forçado a esquecer do presente. Uma das metas do planejamento deve ser aproveitar bem sua vida, porém com criativa e sem massacrar seu orçamento por isso!

Procure estimar o quanto da sua renda está comprometido com despesas correntes essenciais, como, por exemplo: necessidade básica de comida e roupas, faculdade, despesas de moradia, prestação do carro, pagamento do seguro e lazer.

Reflita sobre o padrão de vida que a sua renda pode lhe assegurar, e corte gastos que não reflitam esse padrão. O ideal é que as despesas acima não superem 70% da sua renda líquida anual, ou seja, da sua renda depois de descontados impostos e taxas que você tem que pagar para investir o seu dinheiro.

Três objetivos financeiros

Quando se fala em planejamento financeiro, há três objetivos em mente: acumular uma reserva de emergência, poupar no longo prazo para realizar sonhos de consumo e acumular um pé de meia para a aposentadoria.

Ao estipular que as suas despesas correntes não irão superar 70% da sua renda, você pode destinar os 30% restantes para esses objetivos acima. Você pode começar destinando uma parcela equivalente, de 10%, para os três. Mas, à medida que alcançar algum deles, pode direcionar uma parcela maior para os dois outros.

Para quem está em dúvida entre a poupança de longo prazo e o pé de meia para a aposentadoria, nunca é demais lembrar que, nos gastos correntes, não incluímos a realização de sonhos comuns a todos nós, como a troca de carro, compra de uma casa etc. Essa segunda parte da sua poupança, portanto, deve garantir a realização desses objetivos no decorrer da sua vida.

Lembre-se, nunca é cedo demais para pensar no seu futuro! Portanto, a terceira meta, ou seja, a parcela destinada à aposentadoria, é aquela que irá lhe dar tranqüilidade na velhice. E nesse quesito, quanto antes você começar a poupar, melhor!


Estabeleça prioridades em seu orçamento

Quando o assunto é orçamento, você fica em um tremendo conflito ao analisar suas metas e perceber que nem tudo vem acontecendo como o previsto.

Isso ocorre pela grande dificuldade em estabelecer prioridades: vale mais a pena aumentar a contribuição ao plano de previdência ou pagar uma parcela maior de uma dívida pendente? É melhor quitar o financiamento do seu carro ou poupar para garantir seu curso de especialização?

Abaixo, você pode conferir algumas dicas que irão ajudá-lo a definir suas prioridades financeiras. A regra mais importante, no entanto, é a de se manter focado no objetivo, e nunca perseguir outro antes da conclusão do primeiro.

Passo 1. Pague suas dívidas

Por mais que sua intenção seja investir, isso de nada adianta enquanto você tiver dívidas a pagar. Dependendo do seu grau de endividamento, este pode ser um objetivo difícil de ser alcançado. Assim, o melhor é estabelecer prioridades no pagamento das dívidas.

Não se esqueça que nem toda dívida precisa ser quitada de uma só vez. Afinal, o que você deve estabelecer é o seu equilíbrio financeiro, certo? Não há problemas em financiar a compra de alguns bens, mas, se o gasto com prestações já consome mais do que 40% do seu orçamento, está na hora de estabelecer como prioridade a redução desta dívida.

Passo 2. Comece a poupar

Esta é uma boa época para fazer uma "faxina" no seu quarto e identificar possíveis itens que pode vender em um dos vários sites de leilão existentes. Por que não se livrar de alguns objetos antigos que não lhe rendem nada, a não ser poeira e, ao mesmo tempo, juntar algum dinheiro para começar o seu fundo de reserva?

As alternativas não terminam aí. É preciso cortar alguns gastos, ainda que temporariamente. Lembre-se que esta é a primeira medida para montar um fundo de reserva.

Passo 3. Monte uma reserva financeira

Alcançado o primeiro passo, que é o de começar o seu pé-de-meia, está na hora de perseguir uma maior tranqüilidade financeira. Você está pronto para montar uma reserva de emergência!

Os recursos acumulados devem ser equivalentes ao período de três a seis meses de despesas correntes, e têm como objetivo garantir sua sobrevivência em caso de algo inesperado acontecer. A melhor forma de alcançar este objetivo é investir todo o dinheiro extra que ganhar, o que inclui o dinheiro que recebeu de décimo terceiro ou bonificação de férias, ou até mesmo a restituição do imposto de renda.

Passo 4. Planeje o futuro

Como as contribuições aos planos de previdência permitem abatimento do imposto de renda até o limite de 12% da sua renda bruta anual, pode valer a pena investir até esta quantia todos os anos para se beneficiar do tratamento fiscal vantajoso.

Porém, um alerta: se você já contribui para a previdência o máximo permitido para abatimento do imposto de renda, mas ainda tem dívidas em atraso ou não montou sua reserva de emergência, reveja suas prioridades. De nada adianta pensar no futuro, se você ainda não equilibrou sua situação financeira atual.

Portanto, talvez valha a pena diminuir suas contribuições para a previdência até que consiga alcançar os passos anteriores.

Passo 5. Quite seu financiamento imobiliário

Se você ainda não tem uma casa própria, ou se levantou financiamento, mas ainda não o quitou, esta deve ser sua próxima prioridade. Nada de trocar de carro se você ainda não tem uma casa em seu nome.

Se não tem uma casa própria, mas já regularizou sua situação financeira, de forma que conta com recursos para levantar um financiamento, este pode ser um bom momento.

Para quem já levantou financiamento, mas agora conta com uma situação financeira mais equilibrada, essa pode ser a hora de rever os termos do financiamento. Quem sabe você já não consegue arcar com uma prestação maior, de forma a quitar mais rápido sua dívida, gastando assim menos com juros?

Passo 6. Pense na família

Se você tem dependentes, é preciso pensar no futuro deles. Comece contratando um seguro de vida, que lhes dê alguma segurança financeira em caso de seu falecimento. Outras opções são os seguros para acidentes pessoais, e contra desemprego. Afinal, você não quer que eles tenham que abandonar os estudos porque você foi demitido, certo?

Já que pensar nos seus filhos deve ser sua prioridade, por que não juntar uma reserva para pagar os estudos deles, ou garantir recursos caso venham a abrir um negócio próprio?

Passo 7. Continue poupando e aproveite a vida

Poupar é um hábito que você deve cultivar por toda a sua vida. Mas, agora que você já alcançou todos os objetivos acima, é hora de aproveitar a vida e se divertir!



 
Referência: financaspraticas.com
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Abaixo colocamos mais algumas dicas :