Num mercado tão competitivo e, por muitas vezes, selvagem e exigente a níveis
mais elevados do que o comumente observado em algumas organizações, a exemplo de
como ocorre atualmente, as organizações estão investindo em um novo e importante
fator nas suas estratégias de seleção: a valorização do capital intelectual.
Este “bem”, ainda que considerado não participante de mensuração econômica em
qualquer tipo de controle empresarial, consubstancia-se no que vem sendo o
destaque na área de Recursos Humanos, trazendo consigo o lema “fazer o melhor
possível o que já é feito habitualmente”. Isso nos remete à idéia que é dada a
máxima relevância à pessoa que detenha a informação adquirida e,
conseqüentemente, saiba utilizá-la da maneira mais eficiente, para que, ao
término de cada atividade realizada, obtenha a tão esperada eficácia.
A busca pelo capital intelectual tem origem remota, cuja investigação deste
que é o maior entre todos os bens conhecidos até então, era desejado desde a
Grécia Antiga. Os gregos, por sua vez, já possuíam a necessidade, mesmo que
indiretamente, de valorizar mentes de fácil adaptabilidade e compreensão.
O processo consiste logo de início, na preparação coletiva dos funcionários,
de modo a doutriná-los que estão ali para fazerem o melhor possível para a
empresa na qual trabalham. Até porque é a corporação que os remunerará mediante
seus esforços.
A elaboração do capital intelectual inicia-se com a fase de imaginação do
indivíduo. A partir daí começam a surgir, ainda de maneira confusa, as primeiras
idéias referentes a uma determinada informação.
Na segunda etapa, anuncia-se a criatividade, a principal fase desse processo.
Através do poder de criação, influi significativamente nas buscas de
alternativas para um problema, além de ser o maior fator de competitividade.
Por último, a inovação vem complementar os dois estágios anteriores, os quais
a idéia já está “solidificada” e é incumbida de pôr em prática a capacidade da
pessoa, ou seja, realizar tudo que fora planejado. Uma das prioridades que se é
fundamental na execução da atividade bem sucedida é a menção do porte dessa
atividade. Por isso realiza-se uma valorização de toda esta produção de
conhecimento.
Hoje em dia, ser multifuncional ou polivalente é requisito indispensável à
admissão e, por conseguinte, à ascensão de futuros cargos ofertados pela
empresa. Como exemplo, podemos citar dois indivíduos desempregados. Nessa
hipótese, um deles não detém conhecimento de informática, enquanto seu
concorrente o tem. Sem dúvida, é fácil perceber que as chances deste último
serão potencialmente maiores em relação às do que não domina o assunto em
questão.
As grandes empresas estão sempre sujeitas a mudanças de configuração de
mercado, acompanhando suas tendências e viabilizando seus recursos humanos,
financeiros e materiais. E o meio humano, principal ativo empresarial, acompanha
diretamente a política organizacional. Ressalte-se que o fato dos recursos
humanos acompanharem as diretrizes estabelecidas pela cúpula da organização,
relaciona-se diretamente à manutenção da execução de suas atividades bem como
suas respectivas tarefas exercidas como meio de assegurar não só sua
sobrevivência como ser humano, mas, principalmente como um agente profissional.
Pesquisas comprovam que os melhores salários pertencem às pessoas que mais se
comunicam, e a educação é quem deve orientar o cidadão neste caminho que surge à
frente. É notória a existência de uma “revolução” na educação e pela educação
com o intuito de moldar (e não simular) o conhecimento que o futuro talento
adentre ao mercado de trabalho. Em sua grande maioria, ainda que a situação
esteja mudando, o ensino deixa a desejar com suas avaliações medíocres e sem
sentido.
A cada dia que passa, o mercado se torna mais dinâmico e exigente. Estar
preparado para atender as expectativas caracteriza-se num imprescindível
imperativo a ser aplicado neste ambiente que se desenvolve em um ritmo
extremamente acelerado, onde muitas pessoas ainda sequer se aperceberam de tal
mutabilidade.
Num futuro próximo, há quem diga que existirá uma nova era ou mesmo que a
referido momento já se encontra mesclado às funcionalidades profissionais tão
marcantes no ambiente corporativo, sendo denominada de Era dos Sonhos. Nele, o
status da pessoa será a experiência profissional adquirida ao longo do
tempo de sua carreira profissional. Talvez possa ocorrer que não se reproduza
com exatidão essa teoria, mas, apesar de tudo, estará bastante inclinado este
novo sistema organizacional a ir além do que presenciamos atualmente e, com
certeza, o capital intelectual reafirmará seu valor neste contexto. Afinal, tudo
que é considerado escasso não é muito mais valorizado?