Ter uma alta rotatividade dentro da equipe é sinal de que algo não vai bem e
que o líder deve prestar atenção redobrada aos outros colaboradores. Contudo, ao
contrário do que a maior parte dos gestores pensa, não são somente os
funcionários que demonstram algum descontentamento que merecem um olhar
especial: aqueles que parecem estar plenamente satisfeitos também devem ser
observados com cuidado.
Isso porque, segundo explica a diretora executiva da Quality Training
Assessoria em RH, Marisa Ayub, a alta rotatividade faz com que os profissionais,
mesmo os satisfeitos, passem a olhar além da empresa e comecem a considerar a
hipótese de mudarem de emprego.
“Alta rotatividade gera instabilidade entre os que ficam, que começam a se
questionar sobre os motivos que levaram as pessoas a saírem e a se perguntarem
se não estão perdendo oportunidades”, explica Marisa.
A diretora da divisão coaching da Career Center, Mara Turolla, concorda e
acrescenta que os profissionais mais jovens “são os mais inclinados a dar
atenção maior ao mercado”.
Presença e Comunicação
Para evitar mais danos à equipe, Mara sugere que, sobretudo em períodos como
estes, o líder se mostre mais presente e lance mão da comunicação.
“O ideal é fazer uma reunião e dar informações transparentes e constantes,
mostrando como as coisas ficarão e dando um horizonte de quando a situação será
resolvida”.
Além disso, ressalta Marisa, o gestor deve ficar atento à motivação de seus
liderados, observando se as pessoas estão recebendo desafios plausíveis.
RH
No geral, dizem as especialistas, a alta rotatividade é motivada pelo mercado de
trabalho aquecido, o clima dentro da empresa (ou equipe), relacionamento com o
chefe, salários inadequados, além da pouca oportunidade de desafios.
Assim, é aconselhável que, ao perceberem a situação, os gestores peçam ao
Recursos Humanos da empresa que trace um plano de retenção, além do próprio
líder buscar um trabalho de coaching, se necessário.