Quando se fala em investimento é comum se perguntar qual a hora ideal para
começar. Mas você já parou para pensar se existe um período adequado para deixar
de investir? Na avaliação dos especialistas ouvidos pelo portal InfoMoney o
ideal é que esse momento nunca chegue. Sendo assim, se a regra para entrar no
mundo dos investimentos é quanto mais cedo melhor, no momento de sair vale o
inverso, ou seja, o mais tarde possível.
"Desde que a pessoa tenha um investimento atrelado a um sonho, ela nunca
deixará de investir em alguma coisa, porque nunca paramos de sonhar", afirma o
educador financeiro e autor do livro Terapia Financeira, Reinaldo Domingos.
Para o professor de Finanças da Veris Faculdades, Alvaro Luis Saron, o
investimento está relacionado a cada tipo de investidor e a sua sensibilidade ao
risco e a sua perspectiva de rentabilidade. "Se o investidor avaliar que o
retorno de um investimento não vale o risco que ele está correndo é hora de
sair. Mas deixar de investir definitivamente, isso nunca, o que acontece é uma
mudança no perfil da aplicação", explica.
A educadora financeira e diretora do The Money Camp, Silvia Alambert,
concorda e acrescenta que investir é um hábito e que quando adquirido fica para
sempre. "Mesmo quando a pessoa alcança a tão sonhada independência financeira e
consegue viver dos rendimentos do seu principal [capital que já está investido],
ainda assim aquele dinheiro vai continuar gerando frutos e no fim das contas a
pessoa segue acompanhando as aplicações para o caso de uma queda ou de uma
crise", avalia.
Sob medida
A ideia, segundo os especialistas, é que o investidor diversifique o tipo de
investimento ao longo de sua história, fazendo adaptações as suas necessidades e
aos seus desejos em cada fase da vida. Reinaldo Domingos aconselha que o
investidor estabeleça desejos de curto (1 ano), médio (até 10 anos) e longo
prazo (mais de 10 anos) e, com base nisso, destine seus recursos para a
aplicação mais adequada para alcançá-los.
Os profissionais também compartilham a opinião de que, à medida que o tempo
passa, os investidores estão menos dispostos a assumir grandes riscos. "Conforme
a idade avança as pessoas tendem a investir mais em renda fixa", confirma Silvia
Alambert.
Alvaro Saron reforça que, quando se trata de investimentos, a idade agregada
à experiência transforma os investidores em pessoas conservadoras. "Você precisa
de uma liquidez mais rápida, ou seja, precisa do dinheiro no bolso com mais
agilidade e, nesses casos os retornos nem sempre são os maiores", avalia.