Nenhum funcionário, independentemente da situação, gosta de ver um amigo
próximo do mesmo ambiente de trabalho ser demitido. É certo, porém, tomar "as
dores" do amigo?
Para o diretor de projetos da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Vladimir
Araújo, esta é uma situação complexa, que depende de uma série de fatores a
serem seriamente analisados.
“Basta saber primeiro quais os motivos que tiveram relação com a demissão
desse colaborador”, afirma o especialista.
Desligamento
Se o desligamento for de ordem de performance, é necessário saber o que
envolveu a demissão. Problemas pessoais ou de competência influenciam na
qualidade do trabalho exercido. Por outro lado, a demissão pode estar atrelada a
um problema comportamental, no qual o ex-funcionário já não tinha mais motivos
de continuar naquela companhia.
“Você estará se expondo de graça, por isso é válido ponderar tudo isso para
ver se vale a pena interferir. Você irá deixar uma marca, que pode ser positiva
ou não”, descreve Araújo.
No momento em que o “amigo” deixar de lado a emoção e trabalhar com uma
argumentação racional, as chances de uma avaliação positiva aumentam. A
interferência positiva, por exemplo, também pode ser entendida como um aspecto
de liderança perante o gestor.
Como chegar na chefia?
O amigo deve ter um conhecimento da vida pessoal e da carreira do
profissional demitido. Daí, torna-se mais comum ele tentar justificar sobre o
que acontecia negativamente na rotina do funcionário desligado.
Esse é o primeiro passo na conversa com o chefe: ter argumento. No mais,
explica o especialista, é preciso ponderar o seu relacionamento com o mesmo.
"Se o funcionário que pretende conversar com o chefe tem mais proximidade, o
correto é chamá-lo para um café, uma conversa informal. É bom ter argumentos e
consciência do que está fazendo. No caso de um e-mail, a mesma coisa", conclui
Araújo.