Ter um curso de pós-graduação, em especial um mestrado ou doutorado, pode
ajudar muito na evolução da carreira de um profissional. Em muitos casos, além
de acrescentar conhecimento, a titulação aumenta a empregabilidade e o salário
de quem a possui, sobretudo, neste último caso, no funcionalismo público.
Contudo, ao escolher uma instituição para fazer esta pós-graduação, o estudante
deve tomar cuidado e, além de prestar atenção ao nome da instituição, formação
dos professores e verificar se o curso tem relação com os objetivos de carreira,
precisa observar a classificação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior), evitando assim dores de cabeça futuras.
Isso porque, segundo dados da própria Capes, publicados pela Agência Brasil,
neste ano, 75 programas de pós-graduação, totalizando 85 cursos de mestrado ou
doutorado – o equivalente a 2% do total -, devem ser encerrados no País, por
conta da baixa qualidade.
O que fazer?
Quem é surpreendido por uma situação destas, contudo, não deve se
desesperar. Segundo a assessoria de imprensa da entidade, se a matrícula foi
feita enquanto o curso era credenciado, o estudante pode terminá-lo e obter a
titulação pleiteada.
Além disso, de acordo com o advogado, sócio do Gaiofato Advogados Associados,
Alexandre Gaiofato de Souza, pela lei, pessoas que já se formaram não podem ser
prejudicadas com a posterior decisão.
“O profissional que já terminou o curso não pode ser prejudicado. Os demais
podem pedir indenização, caso se sintam prejudicados”, explicou.
No que diz respeito ao mercado de trabalho, a consultora de planejamento de
carreiras da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Ana Paula Bueno, explica que, se
surgir a dúvida entre ocultar ou manter o curso no currículo, o profissional
deve avaliar se ele é pertinente à área de atuação. Em caso positivo, diz ela, é
melhor manter, pois mostrará atualização e conhecimento adquirido.
Avaliação Capes
A Capes é a responsável pela coordenação do Sistema Nacional de
Pós-Graduação e pela avaliação de novos mestrados e doutorados, bem como pelo
acompanhamento dos cursos já existentes.
A cada três anos, todos os programas são submetidos à avaliação, cujos
resultados podem ser consultados na página da entidade (www.capes.gov.br).
Os programas recebem conceitos, que variam de 1 a 7, sendo 1 e 2 equivalentes à
reprovação, 3, a desempenho regular, atendendo ao padrão mínimo de qualidade, 4,
a bom desempenho, e 5, a nota máxima para programas com apenas mestrado.
Já os conceitos 6 e 7 indicam desempenho equivalente ao alto padrão
internacional.