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Carreira / Emprego - Estagiário ou "escraviário"? 

Data: 05/08/2010

 
 
Como conseguir o primeiro emprego se eles querem experiência?

Pensando nesta dificuldade que os jovens estavam encontrando para obter o primeiro emprego, em 1977 o governo sancionou o que seria a primeira Lei do estágio, a Lei nº 6.494. Esta lei, em 2008, foi revogada pela Lei nº 11.788, que prevê que o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. Não o bastante, um outro grande ganho para os profissionais de primeira viagem foi a proibição da exigência de experiência em mais de 6 meses.

Assim, o estágio, obrigatório ou não, se tornou objeto de desejo de quase todos estudantes de cursos técnicos, tecnológicos, superiores, entre tantos outros que oferecem a oportunidade de se estagiar.

O mercado acatou, e como para toda boa idéia sempre há uma contra versão, o mesmo mercado aprendeu a dar novos rumos ao estágio.

Em grande parte, os estagiários são remunerados com quantias iguais ou inferiores a um salário mínimo, não necessitam contribuir com a previdência e são vetados de tantas outras tributações ao governo por não terem a carteira de trabalho assinada, é redigido apenas um contrato. O estagiário, praticamente, só é obrigado a cumprir uma carga horária – estabelecida em uma jornada de no máximo 6 horas por dia e 30 horas semanais – e receber sua "bolsa", como é chamada a sua remuneração, sem a necessidade de demais esclarecimentos.

Muitas empresas viram isto como a oportunidade de se obter funcionários com um grau de instrução e o melhor de tudo: baratos!

A partir daí nasce a distorção dos conceitos do estágio. Muitas empresas remetem seus estagiários a atividades tão pouco ou quase nada relacionadas com seus estudos, os submetem a atividades mecanicistas e em muitas vezes, estes nem sabem ao certo o porquê de estarem fazendo aquilo, apenas o fazem para receber no final do mês, e, como no Brasil nossa realidade torna quase obrigatório trabalhar para sustentar os estudos, os estagiários nem se atrevem a reivindicar satisfações.

Decorrente disto friso a necessidade das empresas reconhecerem o estágio como uma continuidade dos estudos, uma atividade quase totalmente educativa, uma escola dentro de sua empresa. É indispensável que as empresas se empenhem em descrever todos os processos, tornar ciente para os estagiários o motivo de estarem desempenhando determinada tarefa, os objetivos que a empresa tem com tais atividades.

Muitas vezes as empresas enxergam esta necessidade de ensinar teorias e processos como um atraso na produtividade e acreditam que pular etapas pode ser válido para empresa. Enganam-se.

Os resultados de uma boa instrução são milhares de vezes mais positivos do que as primeiras decisões de pular etapas. Um estagiário bem informado e ciente dos processos consegue agilizar suas tarefas, ter autonomia para identificar e corrigir erros, diminui o tempo gasto em consultas aos supervisores para se tirar dúvidas sobre o que não ficou bem ensinado, como também, faz o estagiário se sentir mais preparado, confiante e motivado para encarar cada dia como uma experiência única.

Outro recurso encontrado pelo mercado é a renovação do estágio, tornando este quase interminável. Desconfie se os planos do seu empregador forem estágios de anos de duração!

E você, estagiário, nunca refugue ao pedir ajuda, ao indagar sobre suas atividades, ao querer aprender mais. Absorva o máximo possível, identifique no estágio tudo que está aprendendo teoricamente, faça o possível para retirar tudo que um estágio possa lhe oferecer e motive-se sempre! O estágio é uma excelente oportunidade de se descobrir talentos. Não por acaso que grande parte dos estagiários que exercem bem o seu papel são contratados para a empresa em que prestaram estágio.

Não podemos nos esquecer que estágio também vale como horas de atividades complementares obrigatórias para conclusão de um curso superior.

Dentre tantos outros motivos que engrandecem cada vez mais a importância do estágio, valorize a si mesmo e ao seu aprendizado.

Bom estágio!



 
Referência: Administradores.com.br
Autor: Gustavo Lincoln Ricardo Pimenta
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