Ao caminhar por qualquer grande cidade do Brasil, é comum se deparar com
casas e apartamentos com diversas placas de imobiliárias diferentes anunciando a
venda do imóvel. Entretanto, será que esta é a melhor estratégia?
De acordo com o Secovi-SP (Sindicato da Habitação), o excesso de placas de
alugar ou vender na frente de uma residência pode atrapalhar, e muito, o
fechamento da negociação pretendida. Isso porque a atitude acaba passando a
impressão de que a casa ou o apartamento está com algum problema ou encalhado,
dificultando o sucesso da transação e desvalorizando a propriedade.
Além disso, segundo alerta o presidente do Creci-SP (Conselho Regional de
Corretores de Imóveis), José Augusto Viana Neto, ter vários intermediários pode
acabar prejudicando a segurança do imóvel, já que ele estará exposto em várias
empresas e o proprietário não terá muito controle de quem o frequenta.
Exclusividade
Por outro lado, a exclusividade é apontada como uma potencializadora das
vendas, sendo positiva para todas as partes envolvidas na negociação, dizem as
entidades.
“O corretor se dedicará com mais afinco, o vendedor terá maior segurança e o
possível comprador, a garantia de que o valor do imóvel não sofrerá alterações”,
diz Viana.
“Em mercados mais evoluídos, o proprietário exige a exclusividade e o cliente
comprador nem procura imóveis que não são exclusivos. E nem estamos falando só
de Estados Unidos, mas de Canadá e, mais próximo de nós, a Argentina”, informa o
diretor geral da Rede Secovi de Imóveis, Fernando Gambi.
Entretanto, diz Gambi, para que a exclusividade seja bem-sucedida, o cliente
deve sempre checar o que foi combinado e cobrar seu efetivo cumprimento. Por
fim, ressalta o presidente do Creci-SP, a avaliação do imóvel deve ser justa,
sendo que o corretor ou a imobiliária não deve aceitar um preço muito alto para
ficar com a exclusividade da venda, para não prejudicar a liquidez do imóvel.