Entre as empresas, paira o consenso de que a maioria dos trabalhadores atinge
o pico do desempenho entre quarenta e cinquenta anos de idade. E, após esse
período, a produtividade passa a cair gradualmente.
Uma pesquisa elaborada pelo economista holandês Jan van Ours, da Tilburg
University, comparou a produtividade e os rendimentos entre os trabalhadores de
idade avançada e os demais. O que se comprovou foi que a diferença entre eles e
os funcionários mais jovens é mínima.
A tese de van Ours foi amparada pelo seguinte resultado: os índices de
produtividade para o trabalho físico declinam com o passar da idade, porém, as
funções de natureza intelectual permanecem praticamente estáveis.
Com relação a esse ponto, afirma o holandês, até o momento ninguém havia
realizado uma pesquisa em torno da veracidade do caso, uma vez que o declínio no
desempenho sempre pareceu um quesito "evidente" para as pessoas, por isso o
critério de idade sempre prevaleceu.
Evidências
Pronto a saciar essa dúvida, van Ours resolveu ir à campo e iniciar uma
investigação, uma análise de um grupo de corredores, onde realmente
evidenciou-se uma queda de produtividade a partir dos quarenta anos de idade.
No entanto, quando ele analisou a menor frequência nas publicações de artigos
científicos nas revistas, desenvolvidos por economistas com idade mais avançada,
verificou-se que não houve uma queda relevante na produção.
Durante a pesquisa, o economista também descobriu que os trabalhadores na
linha de fábrica, com mais experiência, rendem um pouco menos do que deveriam,
levando em conta o salário que ganham. Quanto aos trabalhadores mais jovens,
acontece o inverso.
Resultados
"Geralmente, os trabalhadores mais velhos ganham um pouco mais em relação ao
nível de produção que eles realizam, mas essa diferença é desprezível", diz van
Ours.
O maior problema, para o qual ele defende uma solução, é a dificuldade dos
profissionais mais velhos em conseguirem outro emprego, no caso de uma eventual
demissão.