O início de carreira pode se mostrar difícil, cercado por caminhos espinhos
para os jovens. Porém, com uma orientação adequada, estes talentos poderão
descobrir competências importantes, principalmente por meio de mentores
experientes.
A prática em questão é conhecida como mentoring, ou uma orientação dada a
estudantes ou jovens profissionais por pessoas com mais vivência de mercado. O
modelo, difundido nos Estados Unidos, começa a ganhar mais fôlego no Brasil.
"O coaching é apenas uma das atividades do mentoring, que pode ser definido
como um processo de aconselhamento que dura um tempo determinado, onde o mentor
dá dicas e prepara o jovem profissional para aproveitar as oportunidades e obter
sucesso profissional", esclarece a diretora executiva da Fundação Estudar, Thais
Junqueira.
Ganhos
Tanto mentores quanto quem conta com eles ganham de maneira única com a
experiência. Quem defende a opinião é a coach da Fundação Estudar, Isabela
Abram. Para quem está em início de carreira, poder contar com a orientação de um
profissional mais experiente e sem despender de investimentos financeiros é uma
ótima oportunidade.
"E, para o mentor, contribuir com a carreira de um iniciante é uma excelente
oportunidade para melhorar suas habilidades como gestor de pessoas.
Principalmente na maneira de lidar com os jovens", argumenta.
Desafios
A fundação Estudar mantém, desde 2008, um curso específico voltado para a
formação de mentores. Ao todo, 43 duplas de mentores e orientados já foram
formadas pela instituição.
Um dos exemplo é o estudante de engenharia da computação da Escola
Politécnica da USP, Victor Lassance, 20, que há três meses participa do
programa.
"Minha mentora também é jovem, mas já bastante experiente na área financeira,
na qual está se destacando muito. Ela já me passou diversas leituras
interessantes e contou sobre sua experiência em processos de estágio e trainee.
Nesse curto prazo, ela já está me ajudando a identificar as competências que
devo desenvolver para o mercado de trabalho".
Para a coordenadora do programa, a psicóloga Sandra Betti, os mentores,
primeiramente, devem se desenvolver, para, a partir daí, tornarem-se formadores
de outros profissionais. "Um bom mentor é aquele que diz o que é certo e
necessário, não o que é fácil", diz.