Que o compartilhar desta breve reflexão possa expressar aos leitores a
satisfação frente às experiências, angústias e desafios vivenciados em nossa
trajetória profissional, no processo de formação de líderes e gestores dentro
das empresas.Ao longo desses anos observei que a formação profissional de um
gestor de deve ser sustentada por um tripé: conhecimento do negócio ,
conhecimento de práticas de recursos humanos, sobretudo a gestão de conflito no
grupo e habilidade em administrar mudanças.
Optei por refletir, neste espaço, sobre algumas considerações importantes no
processo de motivação de pessoal e mudança ou inovação pessoal e,
conseqüentemente, organizacional.
O profissional direcionado, motivado, é aquele que possui consciência de sua
missão e propósito de vida, conhece suas paixões e valores, é dotado de foco e
clareza existencial. Isto porque motivação precisa se transformar em inspiração,
algo que flui de dentro, uma meta do próprio indivíduo. Já o talento é dom
característico de cada ser humano. É o que imprime a sua marca na construção do
seu legado. Talentos precisam ser descobertos, abraçados e desenvolvidos. Mas
isso requer paciência e perseverança.
O processo de gestão é um desafio constante, tanto pela complexidade da
natureza organizacional quanto dos fins institucionais. Portanto, é de extrema
importância que o líder tenha perspectivas para a efetiva melhoria de resultados
– pessoais e organizacionais –, mas saiba equilibrar as demandas em sua equipe.
A ausência de resultados pode causar a desmotivação, que surge diante do
estresse, das crises externas, de fatores que não se pode controlar no ambiente
organizacional. Por isso, os propósitos e a visão de futuro precisam estar
sempre à frente. Nem sempre podemos ser motivados, mas sempre podemos ser
inspirados!
A empresa e seus gestores, juntos, devem estar perfeitamente encaixados e
coordenados em atividades e metas que atendam igualmente aos interesses de
todos.
Tais transformações, que podem ser encaradas como fruto dos movimentos de
revolução da dinâmica humana, chegam ao ambiente das organizações através de
discursos voltados para transparência, parceria, negociação, consenso,
participação etc., afetando diretamente as relações pessoais e profissionais,
colocando em discussão o contexto funcional da empresa e seus resultados de
negócio, levando-a a ter que reconhecer, desenvolver e manter um quadro de
profissionais à frente de um efetivo processo de evolução técnica, cultural e
social.
Diante desses elementos, o papel do líder adquire novas dimensões, pois são
as pessoas em posição de liderança que deverão desenvolver o esforço
empreendedor de uma permanente auto-renovação organizacional, uma vez que a
busca constante da excelência tem exigido um ambiente gerenciado com
competência, a fim de se obterem maiores certezas e melhores informações e
resultados, o que é possível através do autoconhecimento e do conhecimento da
organização.
Passemos agora a refletir sobre o segundo fator, a inovação, elemento
facilitador no processo de renovação organizacional.
Qualquer instituição é uma instituição social, admitida e credibilizada pela
sociedade para cumprir determinados papéis. Se não os cumpre, não há razão de
existir. Para isso, é preciso que líderes e gestores se comprometam a mudar,
influenciando assim a mudança de seus colaboradores.
Existe uma vasta literatura a respeito da afamada resistência à mudança, e o
diagnóstico é variado. Seja como for, alguns fatores pesaram contra as mudanças
pretendidas para a instituição contemporânea:
- Nosso sistema nunca demonstrou uma queda especial em relação a como
fazer mudanças pessoais, organizacionais, governamentais e sociais.
- Sempre é mais fácil fazer as coisas como sempre as fizemos durante a
vida toda. Aprender e reaprender exigem investimentos de tempo, esforço,
além de apresentar custos econômicos e a possibilidade de ser estressante.
As instituições preferem não pensar nisso.
- Qualquer mudança rompe com as rotinas, subverte relações conhecidas e
nos atira, em maior ou menor grau, rumo ao desconhecido.