No mundo corporativo existem fatos que servem para serem executados e
mensurados com o passar do tempo. Esses fatos se fazem presentes para saber se
existe ou não a necessidade de corrigir detalhes, para que realmente todos na
empresa percebam que a partir do momento que se coloca algo em execução, é
porque tal prática já foi analisada e se chegou à conclusão de que, uma vez
testado, é importante sua utilização.
Pode não parecer, mas todos na empresa fazem uma avaliação quanto à execução
do que é solicitado. E se não existir um acompanhamento de uma área ou de um
líder é certo que, cedo ou tarde, cairá no esquecimento. A partir daí, tudo o
que surgir na sequência ganhará um "ponto de interrogação" para todos na equipe.
Em nosso mundo corporativo existem vários modismos que, por sua vez, têm um
curto período de vida e depois acabam caindo em desuso. E ainda surgem dúvidas
quando não se chega à conclusão: "Foi bom ou não ter a implantação desse
modismo?", ou ainda, "Sua inexistência faria alguma falta à empresa?".
Ainda chegamos a um ponto de questionarmos quem seria o responsável principal
de uma aprendizagem profissional. Seriam as universidades, as empresas, o
próprio profissional? Ou essa responsabilidade ficaria centralizada nas
Universidades Corporativas? Ainda assim restaria a troca de conhecimento entre
docentes e discentes de várias outras empresas, de vários segmentos de mercado e
do relacionamento em bancos acadêmicos.
Outro fato importante é a realização de treinamentos para as equipe, que pode
encontrar-se em um diferente estágio de desenvolvimento, em relação a outros
profissionais da mesma empresa que atuam. Nesse caso, haveria a necessidade de
uma aprendizagem focada e seria conveniente que a própria equipe fornecesse os
pontos que julgasse importantes no seu aprendizado. Teríamos, nesse caso, uma
performance semelhante quanto ao tempo de empresa comparado aos conhecimentos
necessários para competir no mercado que atuam.
Tenho verificado que o atual modismo no mundo corporativo é "O Apagão de
Talentos". Mas será que o verdadeiro "Talento" vai deixar de ser o que ele é,
seja por vontade própria ou da noite para o dia? Evidente que não. Existe um
vínculo de suma importância entre o "Talento" e a empresa e vice-versa. Aqui
deixo um questionamento tão importante para a empresa quanto para o "Talento".
No diagnóstico, que atualmente tenho verificado nas empresas, observo que nem
sempre as organizações estão preparadas para desenvolver e reter seus Talentos.
Claro que tem que haver para todos da equipe um tratamento igualitário com
educação, respeito, transparência e ética. Mas com os "Talentos" é preciso ter,
oferecer algo a mais. Caso contrário, corre-se o risco de perdê-los para o
concorrente. Deixo um registro de que tudo o que se faça com e para os Talentos
não pode ser às escondidas. A equipe tem o direito de saber o que se passa e, é
claro, que a melhor maneira de classificar um profissional como "Talento" é de
acordo com as próprias ferramentas de mensuração da companhia, seja através de
uma avaliação de desempenho, destaques evidenciados nas campanhas, produtividade
acima do esperado, entre outros fatores.
Tenho notado que as empresas, muitas vezes, são as primeiras responsáveis
para que o "Talento" apague sua própria luz, devido à falta de acompanhamento do
seu desenvolvimento e de ações voltadas à retenção na companhia.
Muitas vezes, ouvimos falar que o salário nem sempre é o principal fator para
que alguém permaneça em um cargo. Mas, o investimento que é feito na pessoa
muitas vezes é o que mais importa. O verdadeiro "Talento" raramente vai mudar
seu perfil, só se acontecer algo muito nebuloso na relação entre a pessoa e
organização.
Nas minhas anotações o ranking de acontecimentos, o que faz um "Talento"
apagar é: - Promessas não concretizadas.
- Falta de posicionamento da organização em relação ao profissional.
- Feedbacks sem consistências.
Em uma das empresas que recentemente trabalhei esse assunto, conversei com um
colaborador que me trouxe o seguinte relato:
"Conversei com a minha antiga hierarquia por quatro vezes e a cada convite
recebido de outras empresas, procurava sentar e conversar porque minha
verdadeira intenção não era mudar de empresa. Com as inúmeras conversas, já
percebia que não acreditavam que eu pudesse mudar de empresa. Passavam-me a
sensação de que eu estava lá para um simples bate-papo, mas não. Eu queria ver
por parte deles um comprometimento, fato esse que nunca acontecia. Até que no
último contato foi para informar minha decisão de mudar de empresa".
As empresas são as maiores responsáveis pela atenção e cuidados dados aos
seus "Talentos". O verdadeiro "Talento" busca a cada dia superar sua performance
e o principal de tudo, está sempre multiplicando na equipe seus diferenciais. O
"Apagão de Talentos", em minha opinião, não deveria existir, porque se ocorrer,
infelizmente, haverá um ou mais culpados na situação de estar alienando seus
colaboradores e os perdendo para a concorrência.
Até breve e boas conquistas!