Halitose, mau hálito ou "fetor ex ore" é uma sensação desagradável do hálito
para o indivíduo ou para as pessoas que o cercam. Tal sintoma implica em severos
problemas sociais, como virar o rosto, manter certa distância ou evitar o
diálogo.
O mau hálito ou hálito fétido pode ocorrer em pessoas normais ou sem alterações
orgânicas, porém, na maioria dos casos, existe uma causa para ser corrigida. A
presença de halitose é determinada exclusivamente pelo olfato através do
epitélio nasal.
O odor pode ser classificado como cetônico (diabetes), ácido, alcoólico, urêmico,
de cebola, de alho, azedo ou queimado qualidade e a intensidade do hálito sofrem
modificações com a idade: no bebê é doce, no adolescente-pungente,. na
meia-idade torna-se incômodo e na velhice, pesado e azedo.
No entanto, existem mudanças do hálito durante o dia: pela manhã é normalmente
desagradável (diminuição do fluxo salivar, putrefação de células, alimentos e
saliva), todavia, após a primeira alimentação ou higiene oral, o mau cheiro
desaparece.
A fome também contribui para o aparecimento de odor pútrido, mas a principal
origem é dos pulmões, por eliminação de produtos da quebra de gorduras e
proteínas. A halitose pode ser classificada em primária (exalada pelos pulmões)
ou secundária (origem na boca e vias aéreas superiores).
Entre as principais causas de halitose primária, podemos mencionar: alimentos de
odor carregado (álcool, queijo, alho, cebola, azeitona, ovo, condimentos e
frios), cigarros (odor do tabaco ou formação de língua pilosa que retêm restos
alimentares), medicamentos (antibióticos, complexo B, sulfas, etc), menstruação
e até o estresse. Da mesma forma, o hálito pode estar alterado por doenças
sistêmicas, como as alterações intestinais, hepáticas, pulmonares, renais,
diabetes e estados febris.
O estômago, sempre caluniado, somente determina halitose em casos de eructações
gástricas (arrotos). Nas halitoses secundárias de origem bucal, há uma
decomposição de matéria orgânica originada nas células epiteliais descamadas,
podendo ocorrer por alterações da saliva, proliferação bacteriana, doença
periodontal (gengivite) e língua saburrosa.
Os vegetarianos têm menor tendência à halitose, porque existe menor degradação
de restos oriundos dos vegetais. A carne vermelha contém gorduras e ácidos
graxos voláteis produzidos no tubo digestivo, sendo excretados pela respiração.
O tratamento da halitose consiste no afastamento de suas causas, sendo
importante o estado emocional, intervalo entre as refeições, a ingestão de
certos medicamentos e alimentos. Como a maioria dos odores expirados se origina
de condições bucais cabe ao dentista o tratamento profilático bucal e orientação
geral.
Entre as formas de prevenção, citam-se: bochechos com água oxigenada,
bicarbonato de sódio, anti-sépticos e clorexidina. Escovações dos dentes e da
língua são fundamentais, porém a restrição de certos alimentos e a ingestão
freqüente de água também são importantes.