Mais da metade do tempo dos gestores é destinada a atividade de “apagar
fogo”, revelou a consultoria empresarial ProGeps.
Dentre essas atividades, estão resolução de problemas, que demanda 29% do
tempo dos gestores, e atividades administrativas (reuniões, despacho de
papelada, checagem de e-mail e telefonemas), que responde por um terço do tempo
deles.
“Quando chegamos a uma empresa, o que vemos é redundância, falta de
objetividade entre departamentos, falta de visão e alinhamento. Trata-se de um
conjunto de coisas que têm de trabalhar em harmonia”, afirmou o presidente da
ProGeps, Elzo Guarnieri.
Menos tempo para o mais importante
Atividades como treinamento e coaching para os subordinados ocupam apenas 1%
do horário de trabalho dos gestores, abaixo do trabalho manual, com 7%.
A gestão, propriamente dita, responde por 16% do tempo desses profissionais,
índice que representa menos da metade do valor considerado adequado, de 35%.
Atividades em valor agregado representam 17% do tempo dos gestores.
De acordo com a ProGeps, a falta de planejamento e o baixo mentoring e
acompanhamento que recebem de seus superiores com relação às suas atividades do
dia-a-dia são as principais causas do desperdício de tempo dos gestores.
Empresas
Com isso, a produtividade média alcançada nas empresas é de 60%, sendo que,
dentre aquilo que é perdido, entre 5% e 10% se torna irrecuperável.
Segundo a ProGeps, as empresas normalmente tendem a acreditar que a solução
para essas perdas são novos investimentos, principalmente em sistemas de gestão
automatizados. Porém, a execução de um projeto bem estruturado e focado nos
pontos críticos e problemáticos pode diminuir em cerca de 20% o desperdício, sem
recorrer a esse recurso.
“É necessário trabalhar de baixo para cima, “mãos na massa”, entrar nos
detalhes e, como isso sempre se reflete nas pessoas, ter um programa dirigido
para todo o universo coberto pelo trabalho de melhoria. Além de implantar as
mudanças, temos de torná-las sustentáveis”, concluiu Guarnieri.