Investimentos / Fundos - Na terceira idade, investidor deve buscar segurança e liquidez
Depois de uma vida produtiva e de bastante trabalho, chegou a hora de aproveitar
a melhor idade. No entanto, fazer um bom planejamento financeiro, incluindo
estratégias de investimentos, é essencial para que o patrimônio acumulado
durante anos não vá pelos ares como num passe de mágica.
"Nesta fase da vida não é recomendável correr riscos", afirma Mauro Calil,
professor e educador financeiro do Calil & Calil - Centro de Estudos e Formação
de Patrimônio. "Assim, imóveis alugados e renda fixa são os investimentos mais
indicados, uma vez que são mais seguros", completa.
Como escolher a melhor aplicação?
Segundo Calil, os imóveis irão fornecer uma renda mensal, enquanto a renda fixa
garante a liquidez necessária para esta fase da vida.
No entanto, na hora de investir, como escolher as melhores aplicações? "O
montante a investir determinará a rentabilidade, assim, é bom juntar uma ótima
quantia e falar com dois ou três bancos antes de investir em renda fixa, para
ver quem oferece mais vantagens e menores custos", aconselha o consultor.
No caso de imóveis, a dica é investir em salas comerciais, pequenas e em bairros
emergentes. "Estes imóveis costumam custar menos e oferecer taxas de aluguéis
crescentes", afirma.
Com relação à renda variável, Calil adverte: "aos 20 anos, o indivíduo pode ter
100% em ações de boas empresas, porém, após os 65 anos, deve-se estar com, no
máximo, 10% em ações".
O percentual de alocação dos investimentos em renda variável pode seguir a
seguinte divisão por faixa etária:
Até 30 - 35 anos: maior parte em renda variável (perfil agressivo)
De 36 a 54 anos: 30% em renda variável (perfil moderado)
Acima dos 55 anos: 15% em renda variável, tendendo a zero com o
passar do tempo (perfil conservador). "Nesta fase da vida, é melhor pensar
mais em segurança e ser menos agressivo", aconselha o professor.
Dicas para um bom plano financeiro e de investimentos
"Visto o alto custo com saúde nesta fase, ter um bom plano financeiro, que
contemple as receitas e despesas, pode ajudar a ter tranquilidade e a resistir a
alguns impulsos", afirma o professor.
O ideal, no entanto, é que o patrimônio acumulado seja o suficiente para,
aplicado em renda fixa, remunerar e manter, satisfatoriamente, o padrão de vida
alcançado e desejado. "E isso só se consegue com educação financeira ao longo da
vida", conclui o consultor.
|