“O bom profissional quer trocar de carro todo ano. O bom empreendedor tem
certeza que vai revolucionar o cotidiano de milhões de pessoas. O bom
profissional atua para subir a escada corporativa. O bom empreendedor defende
agressivamente sua liderança excêntrica para manter domínio do mercado”.
A consideração acima é do arquivologista norte-americano e diretor de
negócios da Nevoa Networks, Hunter Hagewood. Para ele, o bom empreendedor é
dotado de paixão e prazer de conquistar, características que vão além da
capacitação.
“Trabalhadores autodidatas que buscam e conseguem, com sucesso, adquirir e
aplicar conhecimentos técnicos são representantes do pequeno grupo de
trabalhadores conhecidos como empreendedores. São aqueles que não se contentam
nem com o que eles realizam no expediente do trabalho nem com o que é passado em
sala de aula”, diz.
Visão
Hagewood acredita ainda que pessoas com o chamado espírito empreendedor são
atentas e com visão de futuro. Já para a especialista do Sebrae (Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Adriane Alvarenga da Rocha
Pombo, ser empreendedor é, antes de tudo, ser um realizador que produz novas
ideias, combinando muita criatividade e imaginação.
Em outras palavras, o empreendedor é aquela pessoa que inicia algo novo, que
vê o que ninguém vê, que faz antes. Estes profissionais conseguem, por exemplo,
dimensionar quais são os problemas que empresas e pessoas estão dispostas a
pagar bem para serem resolvidos.
No mais, acredita o norte-americano, o empreendedor reconhece que precisa
adquirir outros ativos para dar longevidade às suas ideias.
“Ele precisa saber avaliar outras pessoas, discernir entre papo furado e
resultados concretos, capitalizar em cima das suas paixões, identificar fontes
de poder e influência, ter credibilidade, saber quando se destacar e quando ser
discreto, blefar, apreciar a arte da persuasão, entender intimamente a relação
custo- benefício, como encarar fracassos e as sutilezas da diplomacia”, diz ele.
Desenvolvimento
Para Adriane, por sorte, as pessoas não nascem empreendedoras. Isso significa
que todo mundo pode desenvolver o tão falado espírito empreendedor.
No geral, segundo a psicóloga e consultora comportamental, Maria Inês Felippe,
o empreendedor é motivado pela autorealização, pelo desejo de assumir novas
responsabilidades e ser independente.
Além disso, é uma pessoa que sempre propõe novas ideias. É determinado, tem
habilidade de organizar e liderar pessoas e gosta de conhecer tecnicamente as
etapas e os processos envolvidos em uma produção.