Quem acompanha futebol, em algum momento, já se viu indignado com um timaço,
repleto de estrelas caríssimas, que não ganhava campeonatos. Pois bem: um craque
não é garantia de vitória. Nem dois, nem três, nem quatro. Para vencer, é
preciso um bom time.
No mundo dos negócios, vencer uma partida significa conseguir resultados. E ter
os melhores profissionais não é suficiente para isso. Formar e manter uma equipe
entrosada é fundamental para o sucesso de um empreendimento. "Se as pessoas hoje
são consideradas o real diferencial competitivo de mercado, é fundamental
utilizar todo o seu potencial em ações coletivas e consistentes", é o que afirma
Wilson Lourenço, sócio diretor da Compass, consultoria especializada em
desenvolvimento humano, empresarial, gestão de pessoas, liderança e coaching
executivo.
Para fortalecer as ações conjuntas, é preciso, antes de tudo, identificar as
potencialidades e as deficiências do grupo, para que, a partir disso, em busca
de interesses comuns, os profissionais atuem integrados e alcancem os resultados
planejados. "O desenvolvimento do espírito de equipe deve ser incentivado de
maneira intensa nas empresas, para que cada colaborador possa se inserir no
grupo, contar com o apoio de seus colegas e desempenhar seu papel", afirma
Wilson Lourenço.
Como tornar minha equipe competitiva?
"Para formar times ou equipes eficazes, ao longo do tempo, é necessário um
conjunto de técnicas que visem fortalecer os esforços de um grupo de pessoas".
Essas técnicas de que fala Lourenço, podem ser implementadas através do
treinamento de equipe conhecido como Team Building, "uma metodologia que alinha
as competências e a diversidade do grupo aos objetivos da empresa. Energiza e
fortalece o grupo e o incentiva a buscar soluções diferentes para problemas
rotineiros de forma participativa", como define Lourenço. A ideia é
potencializar a atuação conjunta de modo que os resultados superem a soma das
partes e sejam multiplicados.
A atuação competente do líder na preparação de uma equipe de sucesso é
essencial. Ele será responsável por gerir as diferenças e, a partir de uma
síntese delas, conseguir atitudes coletivas producentes. "Dessas diferenças (que
não são boas nem tão pouco ruins - simplesmente diferenças) cabe à liderança
fazer uma unidade de trabalho - e não uma uniformidade, alinhando-os para um
grau de produtividade", afirma Lourenço.
Identificando os problemas: evitar desgastes é a melhor opção
Um sério problema se coloca diante de uma empresa quando ela identifica suas
dificuldades mas não encontra a forma certa de superá-las. Nessas horas, Wilson
Lourenço aconselha uma análise junto à equipe, com a aplicação de "um
diagnóstico (questionário ou entrevista) buscando identificar quais fatores que,
mal gerenciados, estão afetando a performance da equipe".
O olhar atento dos líderes, a realização de pesquisas periódicas e o trabalho de
um profissional de Recursos Humanos também são recomendações válidas para a
promoção de pequenas iniciativas que evitem o desgaste e a consequente
desmotivação do grupo. "Equipes têm de ser fomentadas, alimentadas,
bem-tratadas, e necessitam, de vez em quando, de uma válvula de escape", diz
Lourenço.
Encontrar as formas de manter o grupo em harmonia e feliz no trabalho que
realiza é uma tarefa a ser cumprida de modo contínuo. "Toda ação de treinamento
deve ter data para iniciar e nunca para terminar. Deve ser algo constante. Deve
fazer parte da rotina. Empresas devem buscar uma cultura de desenvolvimento",
afirma o sócio-diretor da Compass, que complementa: "Formar equipes de alta
performance é o desejo de toda empresa. Difícil é mantê-las num nível de alta
performance".