Muito se tem falado sobre participação, desenvolvimento de equipes,
criatividade e cidadania. Como pano de fundo desta fala usa-se basicamente os
conceitos de Qualidade e Cidadania. Entretanto, para que Qualidade e Cidadania
sejam práticas efetivas e construtivas na empresa, é necessário que
primeiramente os 4º e 6º princípios da Qualidade Total, "Constância de
Propósitos" e "Gerência de Processos" sejam os regentes desta abordagem que se
define basicamente pelo comprometimento e participação.
Vemos, todavia, que muitas vezes todo um processo inicial de mudanças e de
desenvolvimento de equipes, uma tentativa sincera de implantar a chamada
"Renascença Organizacional", tão claramente ilustrada por Fela Moscovici, não
consegue atingir seus objetivos.
Tal fato deve-se na grande maioria das vezes à falta de motivação das equipes
seja por métodos falhos de buscar a participação por parte dos líderes, seja por
um não comprometimento global que acaba por nos remeter à falta de motivação.
Esta falta de motivação por sua vez é derivada da não "Constância de
Propósitos".
METODOLOGIA
Para que haja a motivação para a continuidade do propósito inicial de
participação e mudança, é fundamental uma refinada administração de como se
chegar às metas desejadas. Cada organização cria seus próprios métodos de acordo
com suas possibilidades.
Os resultados participativos esperados podem ser atingidos usando-se as
seguintes propostas:
- Monitoramento constante dos processos setoriais e globais, atribuindo esta
tarefa aos líderes e suas equipes.
- Estabelecimento de prazos para se atingir resultados.
- Construção de indicadores temporais de melhorias ou retrocessos.
- Gerenciamento de processos participativos eficazes, que nos sugerem
planejamento e comunicação elaborados de forma adequada e produtiva.
RESULTADOS - Temos visto que organizações, com um fluxograma
e indicadores satisfatórios na área de RH, desenvolvem suas equipes com uma
motivação superior àquelas que não têm uma base sólida em seus programas de
melhoria.
Este desenvolvimento torna-se mais consciente e necessário por parte de todos
à medida que, de acordo com Edward de Bono, cria-se uma filosofia
autossustentável de efetividade, construção, respeito, aprimoramento pessoal e
contribuição que se alimentam constantemente de motivação e de criatividade.
CONCLUSÕES - Organizações podem ser pontos de difusão de
cidadania.
O (re) descobrir por cada um a capacidade de participar, romper barreiras de
medo, pensar e agir em conjunto, desenvolver visão crítica, confiar e entender
crises como possibilidade de crescimento e buscar Qualidade e Produtividade
estimulam o indivíduo a ser parte saudável de organizações vencedoras, reflexo
da autonomia criativa de todos os membros.
Não são necessárias situações mórbidas como fome, enchentes ou desabamentos
para que equipes unam-se para a busca da melhoria. Que tal começarmos em nosso
próprio trabalho?