De acordo com o consultor sênior do Instituto MVC, Américo Marques Ferreira,
existem quatro formas, também chamadas de modelos, de mulheres e homens se
relacionarem no mercado de trabalho, os quais são identificados em diferentes
empresas e organizações.
A primeira delas é a forma de dependência, em que as mulheres desempenham papéis
subalternos e, em decorrência disso, elas se mostram mais simpáticas, modestas e
vulneráveis.
As demais
Outra forma é a de co-dependência, que se baseia em ideias do tipo: homens só
podem tomar decisões racionais e as mulheres podem exercitar a intuição, também
chamada de sexto sentido. Para o consultor, o tipo de modelo empobrece a ambos.
A terceira forma é a de independência, caracterizada pela competição entre ambos
os sexos, com consequências danosas para os lados. "Nesse modelo, para
desempenhar funções de liderança, a mulher precisa provar que é dez vezes melhor
do que o homem nas mesmas condições". Um exemplo seriam as executivas que imitam
hábitos e comportamentos dos homens para se sobressaírem em culturas machistas.
Por último, existe a quarta forma, que é de interdependência, na qual há
relacionamento sinérgico entre homens e mulheres. Eles desempenham papéis
complementares, respeitando as particularidades. Há igualdade de condições e
oportunidades.
Transições
De acordo com Ferreira, as formas de relacionamento não se tratam de uma
evolução, o que significa que as mulheres não passam necessariamente por cada
uma delas.
"Assim, pode-se iniciar uma carreira em qualquer um dos quatro modelos. Existem
mulheres que exercem suas funções em um único modelo ao longo de toda a
carreira. Outras podem desempenhar suas funções migrando de um modelo para o
outro. E também há mulheres que jamais experimentarão o relacionamento
característico de determinado modelo", explicou.