Infelizmente, ainda há casos em que os profissionais são submetidos a
violências que denigrem a imagem e à autoestima da pessoa. Como resultado
surgem: baixo desempenho, absenteísmo e culmina até no desligamento do
colaborador da empresa. Trata-se do chamado assédio moral e se manifesta através
de situações constrangedoras ou degradantes como, por exemplo, rotulação de
apelidos, delegação de atividades não compatíveis à função, bem como atitudes de
gestores que fazem do "abuso do poder" uma constante junto aos membros da sua
equipe. O resultado dessa agressão, muitas vezes, termina até mesmo na Justiça
do Trabalho. Para que isso não ocorra, a organização pode tomar ações
preventivas. Confira abaixo algumas delas.
1 - A empresa pode investir em ações educativas e estimular
a paz nos relacionamentos em todos os níveis. Para isso, os canais internos de
comunicação são indispensáveis no combate ao assédio moral.
2 - Quando a comunicação interna divulgar alguma informação
referente ao assédio moral, a fonte deve ser sempre citada. Isso serve para
matérias, entrevistas, promulgação de leis, entre outros dados relevantes.
3 - A cultura organizacional deve ser reforçada e os
colaboradores informados que os diretos humanos, seja através dos direitos
trabalhistas como também pelos direitos universais do cidadão fazem parte dos
valores internos e devem ser praticados por todos os que atuam na companhia.
4 - Uma ótima oportunidade para saber se o assédio moral
circula pela organização é durante a realização da pesquisa de clima
organizacional. Um dos fatores que podem ser abordados na aplicação da
ferramenta é exatamente saber se os funcionários sentem-se coagidos, humilhados,
discriminados de alguma forma, seja pelos líderes ou demais colegas de trabalho.
5 - Para combater o assédio moral, a organização pode criar
um comitê permanente e que tenha o objetivo de desenvolver procedimentos que
garantam a integridade dos colaboradores. O mesmo comitê pode, por exemplo, ser
formado por representantes dos departamentos como por funcionários formadores de
opinião, que tenham facilidade de comunicação com os demais pares.
6 - Outra atividade relevante que dá bons resultados é a
criação de um Código de Ética, que expresse claramente a postura da empresa em
relação ao assédio moral e quais providências serão adotadas, caso algum fato
ocorra.
7 - A realização de palestras em eventos realizados pela
organização como treinamentos, encontros comemorativos é uma alternativa para
esclarecer aos colaboradores o que significa assédio moral e as consequências
que pode gerar à empresa, ao assediador e à vítima.
8 - Os gestores têm papel de grande relevância no combate e
na prevenção do assédio moral. Para isso, a empresa pode optar em treinar os
gestores e esses, por sua vez, tornem-se agentes multiplicadores do assunto.
9 - Muitas vezes, as vítimas do assédio moral ficam caladas
porque não se sentem seguras de fazer a denúncia para que o problema venha à
tona. A área de Recursos Humanos, por exemplo, deve deixar claro que suas portas
sempre estarão abertas para ouvir os funcionários, garantindo o sigilo dos fatos
relatados.
10 - Ao tomar ciência de assédio moral, a área de RH precisa
averiguar a veracidade da denúncia e, quando o fato for constatado, encaminha o
caso rapidamente para a direção, a fim de que as providências necessárias sejam
adotadas.