Diante das crescentes transformações que surgem no mercado e da busca das
empresas pela modernização, há a exigência de que seus profissionais tenham um
alto grau de escolaridade e conhecimento. Que possuam várias habilidades e
competências, dentro de um processo constante de atualização e reciclagem, a fim
de manter a sua empregabilidade.
Todos os dias acontecem evoluções tecnológicas, científicas e conceituais.
Estas mudanças ou inovações afetam profundamente as organizações. Esta
instabilidade mercadológica exige que os profissionais se conscientizem de que
não basta mais ser um empregado fiel e disciplinado. Não é suficiente cumprir
horários e desempenhar suas tarefas rotineiras com perfeição, mas é preciso ter
diferenciais, acompanhar as mudanças organizacionais e ter atratividade para o
empregador.
As empresas valorizam profissionais com iniciativa, flexibilidade e com
diversas habilidades; exigem um alto padrão de qualificação e desempenho. A
mão-de-obra torna-se uma vantagem competitiva primordial para manter a empresa
no mercado. Desta forma, observa-se que as empresas procuram profissionais
qualificados, muito além do suficiente, para fazer parte de seu quadro
funcional, de modo a torná-las competitivas.
A autogestão da carreira tem um papel importante neste contexto. Ainda
encontramos profissionais que delegam suas carreiras à empresa. Aguardam por
treinamentos, programas de desenvolvimento, cursos e incentivo à educação.
Assim, se a organização passar três anos sem oferecer nada, este profissional
ficará por este mesmo período desatualizado e, possivelmente, ainda culpará a
empresa pelo seu fracasso profissional. É preciso reconhecer que há muita gente
buscando vagas e que as empresas buscam sempre os melhores e mais bem
preparados, descartando aqueles que ficam estagnados.
Nos tempos de hoje os profissionais de sucesso investem em suas carreiras.
Eles têm consciência sobre sua responsabilidade no sucesso ou fracasso.
Independente de estar empregado, ele procura desenvolver seu “produto” e depois
o oferece às empresas; estas decidem ou não comprá-lo. O perfil do profissional
generalista é o que se busca. Aquele que possui a visão do negócio e das
diversas áreas das organizações, pois tudo está interligado.
O emprego vitalício, aquele que garantia a estabilidade profissional dentro
de uma única organização, está desaparecendo. Os profissionais, cada dia mais,
devem estar atualizados e aprimorando suas competências. Os empregos estão
sofrendo alterações quanto ao seu perfil, devido à implantação de horários mais
flexíveis, terceirização de serviços, parcerias, entre outros. Isto exige que o
profissional tenha flexibilidade e facilidade de adaptação, bem como saiba
desenvolver múltiplas habilidades, para se manter empregado.
É importante observar no dia-a-dia oportunidades de desenvolvimento, como por
exemplo: atender diretamente um cliente para conhecer sua visão em relação aos
produtos e valores; conduzir reuniões, dirigir grupos e/ou associações; fazer
esportes em grupo, enfim, tirar proveito de todas as situações possíveis. Há uma
frase, da qual gosto muito: “a sorte é o encontro da oportunidade com a
competência”; e me parece o relato real de que o sucesso não cai do céu.
No livro Empregabilidade: como ter trabalho e remuneração sempre,
Minarelli relata, muito claramente, que a carreira é de responsabilidade do
profissional e ele é quem deve administrá-la. É a ele que pertence o controle, a
avaliação e a busca por melhores empreendimentos na qualificação. O autor
descreve que a empregabilidade é sustentada por seis pilares: adequação
vocacional, competência profissional, idoneidade, saúde física e mental, reserva
financeira e fontes alternativas e relacionamentos.
Com certeza muitos leitores devem ter o seguinte pensamento: mas para eu
conseguir ter sucesso, preciso ter dinheiro para investir em ótimos cursos e
especializações para aprimorar meus conhecimentos. Acredito que isto é
fundamental para o sucesso de uma carreira, mas hoje temos acesso fácil à
informação e conseguimos adquirir muito conhecimento e estar atualizado via
Internet.
Se o que escolheu para sua carreira é o que ama de paixão, isso faz com que a
vontade de ir atrás, ter iniciativa e não esperar por nada e ninguém, aconteça.
A caminhada no parque, a alegria, a consciência pela importância de qualidade de
vida garantem uma boa saúde. As participações em fóruns, associações, grupos de
profissionais, congressos, além de proporcionarem conhecimento, aumentam e
fortalecem redes de relacionamento. Somando todas estas atitudes, a conseqüência
é a empregabilidade. É preciso compreender que não basta ter o pensamento de
sobrevivência, mas de crescimento constante.