É sabido que dedicação, zelo, empenho, comprometimento, envolvimento,
motivação, energia, alegria, entusiasmo e eventuais dividendos advêm da paixão
pelo que fazemos. Se tivermos paixão pelo que nos propusermos a fazer não
sentiremos nosso trabalho como um fardo, pois teremos prazer em exercer nossa
função. Assim, sentir paixão pelo que fazemos constitui hoje um diferencial.
Insta mencionar que o ter advém do ser; pensando assim, o profissional tem
maior probabilidade de conquistar e manter uma carreira sólida no mercado
quando, além de ter paixão pelo que faz, realiza um "casamento" com a empresa em
que se propõe a trabalhar. Assim, atuará como um verdadeiro intraempreendedor,
verdadeiro profissional e parceiro da companhia, com muita paixão, muita garra,
muito entusiasmo, muito respeito, muito comprometimento e muito envolvimento, se
doando e se entregando de corpo e alma em prol da organização. Por conseguinte,
conquistará seu espaço no mercado, tendo maior chance de realizar-se
profissionalmente.
Admite-se que, além dos títulos que estarão presentes em seu currículo, agir
de forma estritamente profissional, tendo paixão pelo que se faz, sabendo se
relacionar com todos os envolvidos, também se tornou um diferencial. Isso o
permite permanecer no mercado por um período mais longo de tempo. Quando ele age
com profissionalismo, além de operar baseando-se na transparência das ações, na
ética, na justiça, na verdade e na honestidade, despende maior energia
comprometendo-se e envolvendo-se o bastante em prol da busca constante pela
excelência no exercício de sua função, observando-se uma sede permanente e
insaciável em querer ser sempre um exímio profissional, zelando e cuidando de
seu nome. E, por consequência, obtem-se maior eficiência e eficácia nas ações,
conquistando maior produtividade, atuando em favor da minimização de tempo e
custo e da maximização de resultados.
Quando se tem paixão pelo que se faz, fica tudo muito mais fácil, porque
aflora, além da empatia, a humildade, a energia, também o entusiasmo e a
simpatia. Quando o profissional sabe se relacionar com todos os envolvidos,
sempre está aberto ao diálogo, ao invés de "subtrair", realiza-se uma "soma" com
todos os outros colaboradores e, assim, todos saem ganhando.
Dessa forma, nunca é demais repetir que não podemos esquecer jamais que as
empresas fazem a contratação dos profissionais observando seus conhecimentos,
suas habilidades e seus talentos, mas realiza a demissão, baseando-se em suas
atitudes, suas condutas e seus comportamentos. Assim, a autoavaliação constitui
uma ferramenta valiosa, pois, além de propiciá-lo a oportunidade de aprendizado
através dos erros, o faz repensar e analisar sempre o percurso e a forma que o
profissional está caminhando.
De tal modo, ajudando-o a transformar seus pontos fracos em fortes, dando-lhe
segurança para não se sentir coagido diante das ameaças e adversidades que
porventura surgirem em seu caminho, e auxiliando-o a fazer dos obstáculos, das
ameaças e das adversidades, oportunidades de desenvolvimento e de crescimento,
impulsionando-o a agir em favor da superação dos desafios. Portanto, é preciso
ter garra, determinação, ambição, para fazer dos obstáculos encontrados durante
o percurso da caminhada, degraus para sua subida, não se deixando abater.
Nesse contexto, é bom lembrar que a perda da paixão pelo exercício da
profissão pode significar o início de um fim. Verifica-se que, quando se perde a
paixão, perde-se também o entusiasmo e a motivação, fazendo surgir a acomodação,
o desânimo e o descontentamento, levando a um desmoronamento com um melancólico
final.
Observa-se que em um mundo onde o mercado é altamente competitivo, o
profissional que não tiver paixão pelo que faz estará fadado ao fracasso. Sem
paixão não se tem motivação e sem motivação não se tem produção, inovação;
portanto, não se tem um resultado favorável e esperado. Sendo assim, essa pessoa
correrá grande risco de ser esmagado e expulso.
De todo o modo, verifica-se que quando o profissional perdeu a paixão pelo
exercício de sua função, de imediato, o que ele deverá fazer é uma
autoavaliação, procurando encontrar respostas para os porquês. Deve igualmente
analisar o caminho escolhido, a forma de caminhar, bem como seu plano de
carreira, metas e objetivos traçados.
Torna-se imprescindível neste momento a partir do qual com certeza encontrará
duas saídas: ou irá permanecer na mesma empresa onde atua, porém mudando sua
postura; ou migrará para outra organização, ou quem sabe outro segmento
profissional. O que não poderá ocorrer é que este profissional assista de
camarote o naufrágio de sua própria carreira e nada fazer. Antes de ser
pisoteado pelo mercado, torna-se necessário que ele tome uma atitude de caráter
emergencial.
Somados a isso, é importante dizer que todo e qualquer profissional tem
capacidade de desvendar a realidade em que se encontra e transformá-la, mas isto
só é possível se o mesmo tiver interesse. Toda e qualquer mudança dependerá
única e exclusivamente de você.