Carreira / Emprego - Uma lição para todos
Prepare-se para ler uma breve e poderosa história de superação. Não é ficção,
é a mais pura realidade sobre a vida de um herói nacional que transcendeu
limites hostis, venceu obstáculos incapacitantes e com sua força de vontade
transformou o sofrimento em felicidade.
Aos 5 anos de idade, João Carlos Martins fez uma cirurgia malsucedida na garanta
e as seqüelas o transformaram em uma pessoa fechada. Então, seu pai lhe deu um
piano de presente. Esse instrumento passou a ser seu amigo, companheiro e se
tornou sua maior paixão. Aos oito anos, João venceu seu primeiro concurso de
piano para jovens intérpretes de Bach.
Dos 13 aos 18 anos, viajou pelo Brasil, apresentando-se em diversos teatros. Aos
20, iniciou sua carreira internacional e passou a tocar piano nas principais
orquestras do mundo. João era capa de revistas, jornais e foi considerado o
principal intérprete de Bach do planeta.
Novo ânimo a cada dificuldade
A música era o sentido de sua vida e sua motivação crescia a cada apresentação,
mas aos 26 anos sofreu um golpe do destino. Durante uma pelada de futebol, caiu
sobre uma pedra que ficou cravada próxima ao cotovelo. A partir desse dia, sua
carreira de pianista estava abalada.
João fez cirurgias, sessões de fisioterapia e se apresentou novamente com um
dedo de aço, porém a crítica pesou sobre seus ombros e ele parou. Parou
principalmente porque percebeu que não estava conseguindo oferecer a música com
a qualidade que ele sabia produzir. Durante sete anos, viveu em crise, longe da
música. Inspirado em amigos, encontrou coragem para recomeçar e decidiu estudar
e se preparar. João se superou quando foi aplaudido por mais de 3 mil pessoas no
Carneggie Hall, em Nova York – foi sua melhor apresentação.
Os oito anos posteriores foram perfeitos. No entanto, ele descobriu que estava
com Lesão por Esforço Repetitivo (LER). Parou de novo, voltou ao Brasil e foi se
dedicar a outros negócios. Na mesma época, um crítico publicou que João como
pianista não prestava. Ele não quis responder, mas no dia seguinte saiu uma
carta de defesa no mesmo jornal, que foi escrita por seu pai, aos 96 anos de
idade. João prometeu ao seu pai que continuaria tocando e que terminaria aquilo
que havia começado: a gravação completa das obras de Bach no piano.
João voltou a ter uma elevada performance. Mesmo de maneira alternativa,
encantava suas platéias, porém, infelizmente, ao sair de um estúdio de gravação
na Bulgária, foi assaltado, reagiu e levou um tiro na cabeça. Teve lesões
cerebrais e o lado direito de seu corpo ficou paralisado. Sua música foi
interrompida por oito meses. Após um tratamento de reprogramação mental nos EUA,
ele foi retomando os movimentos, voltou a tocar e finalizou a gravação das obras
de Bach. Seu pai morreu em seguida, aos 102 anos, mas viu o filho cumprindo sua
promessa.
Paixão, persistência e preparação
Outro problema estava por vir: com seqüelas, João sofria espasmos seguidos de
muita dor. Os médicos decidiram cortar um nervo. Ele fez um concerto de
despedida em Londres e, no dia seguinte, perdeu definitivamente o movimento da
mão direita.
João continuou a tocar, mas após uma apresentação na China viu que sua mão
esquerda estava inchada. Além de estar sobrecarregando-a, descobriu que tinha
desenvolvido um tumor. João teve de operar e perdeu os movimentos da mão
esquerda. Ele achou que sua vida estava acabada, entretanto durante seus
momentos de crise teve um sonho com o falecido maestro Eleazar de Carvalho.
Nele, o maestro sugeriu que João estudasse regência – João vislumbrou uma
possibilidade, talvez a sua única saída. Seis meses depois, já estava regendo
orquestras em Londres, Paris e Bruxelas.
João Carlos Martins, o grande maestro, vive seu melhor momento. Hoje, ele é
considerado um dos principais regentes do mundo e também se tornou palestrante
motivacional, publicou o livro A Saga das Mãos, da editora Campus, e
realiza projetos sociais ensinando músicas para jovens carentes.
João Carlos Martins é um homem brilhante e sua trajetória de superação nos
ensina 3 atitudes essências:
1. Paixão – Canalize seus talentos em sua paixão, pois o sucesso é o
fracasso em processo. João só venceu quando definitivamente focou sua alma
naquilo que mais acreditava.
2. Persistência – A vida é uma pedra de amolar: ou ela te desgasta ou ela
te afia. Só depende da sua vontade de continuar. Depois de tantas barreiras
físicas, seria mais fácil desistir, mas ele se superou e triunfou.
3. Preparação – O sucesso não vem apenas do talento, mas também do
trabalho duro, da disciplina, da resiliência e da determinação. João teve
sessões de fisioterapia, estudo, treinamento, aprendizagens e muitos recomeços.
Referência:
E-Zine Motivação
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