Vamos supor que a sua empresa tomou a medida drástica e absurda de não
fornecer mais água potável para seus funcionários, deixando que cada um se
virasse para saciar a sede. Pois bem, além de espernear, gritar e chorar,
declarando quão estúpida e injusta foi essa decisão, o que você faria? Começaria
a procurar um novo trabalho, entraria com um processo contra a empresa ou iria
denunciá-la?
É possível que alguns, ou muitos, fizessem alguma coisa parecida. Mas eu
pergunto: e quanto à sede, o que você faria? Enquanto a empresa não resolvesse a
ausência de água ou não chegasse uma liminar judicial obrigando-a a restabelecer
o fornecimento, você ficaria sem beber água, com sede? Quer saber a verdade? É
muito provável que você desse o seu jeito. Traria uma garrafinha de casa ou
compraria. Afinal, sede é inegociável, ou você a satisfaz ou sente as
conseqüências dessa necessidade não suprida, certo?
Agora responda: produzir muito, fazer a diferença e obter grandes resultados
são, para você, necessidades reais, assim como nutrir o seu corpo? Quando você
não alcança isso, quando não atinge o sucesso no que faz, sua alma dói? Você se
inquieta, se incomoda como se estivesse com muita sede? Acompanhe meu
raciocínio: você concorda que estar motivado, entusiasmado e comprometido é
imprescindível para obter grandes resultados, para alcançar o sucesso? É lógico
que sim! Mas se a empresa não desse isso, não trabalhasse as questões
motivacionais, não promovesse um ambiente motivador, o que você faria? Aceitaria
esse quadro e depois usaria isso como desculpa para justificar os maus
resultados? Se sua resposta for sim, desculpe-me, mas ser um sucesso não é algo
que realmente lhe incomoda, que lhe dá náuseas ou que lhe faz gemer de dor. Em
uma situação assim só caberia uma resposta para os grandes campeões: “Eu iria em
busca de motivação, independente de a empresa tomar ou não essa iniciativa,
fazer ou não algo por mim!”.
Quem se levanta e anda alcança!
A pessoa que tem sede não deixa de tomar água porque alguém, supostamente
responsável por fornecê-la, não a fornece. Quem tem sede busca saciá-la, quem
tem sede de vencer, de fazer a diferença, vai beber nas fontes motivacionais,
independente se lhe mostrem o caminho ou não, pois não suporta a dor do fracasso
ou do insucesso.
Os vencedores, quando não encontram as condições ideais para o desenvolvimento
de suas atividade, simplesmente as criam. E você, é daqueles que gasta energia e
tempo reclamando ou se concentrando em evoluir, criando as condições interiores
para a vitória? Isso não é difícil. Por mais inóspito ou árido em motivação que
possa parecer ou ser o ambiente que o cerca, a vida sempre coloca duas fontes
inesgotáveis para você nutrir sua automotivação: os textos que lemos e as
pessoas com quem nos relacionamos.
É impossível que você, se procurar, não consiga encontrar em revistas, livros,
artigos na internet ou em conteúdos literários algo que abra sua mente para a
visão e atitudes positivas. Assim como é impossível que não exista em seu
círculo de convivência, dentro ou fora do trabalho, pessoas inspiradoras que
possam ajudar você a chegar mais longe, pular mais alto e conquistar mais. Mas é
tudo uma questão de você tomar essa iniciativa. Tem muita gente que não alcança,
pois espera que algo aconteça. Não me canso de dizer que, muitas vezes, se não
em quase todas, quem espera cansa, mas quem se levanta e anda, alcança. Por
isso, levante-se e beba da fonte da água viva que a vida reserva para você
nutrir sua automotivação e seu entusiasmo. Leia e se relacione mais e melhor. A
sede da sua alma e da sua carreira agradecerá.