Carreira / Emprego - No mundo corporativo, é verdade que não é inteligente ser inteligente?
Imagine um profissional que enxerga além no trabalho. Os processos que podem
ser melhorados na empresa estão claros em sua mente. No dia-a-dia, propõe
mudanças, inovações e melhorias. Já ao realizar suas atividades, seu talento vem
à tona, chamando a atenção do diretor-geral e dos colegas.
Quando tudo parece transcorrer bem, esse profissional talentoso passa a ser alvo
de boicotes. Os colegas não o ajudam mais e seus superiores diretos começam a
podar suas idéias. Justamente a capacidade de enxergar além o transformou em uma
ameaça aos demais. O que ele fez de errado?
Não brilhe a ponto de ofuscar os demais
O fato de alguém conseguir enxergar mais do que os outros e ter boas idéias para
inovar e fazer com que a empresa cresça é "extremamente favorável ao crescimento
profissional", de acordo com o coach Ricardo Melo.
Mas o bom senso e a discrição não podem ser deixados de lado. Quem deseja ser
promovido, por exemplo, precisa ter muito jogo de cintura. É preciso mostrar
excelência no trabalho, no entanto sem que os colegas que possam se sentir
ameaçadas percebam, para evitar os boicotes. Difícil? Sim, porém não impossível.
"O importante é saber o momento ideal para expor suas idéias e apresentar
resultados. É preciso tomar cuidado para não brilhar a ponto de ofuscar pessoas
vaidosas", afirma Melo.
De olho nos outros
Para o coach, os profissionais devem cuidar de sua imagem perante colegas e
chefes; observar quem é quem; analisar a receptividade dos demais à sua vontade
de ajudar a empresa a crescer; selecionar suas sugestões; e se atentar à forma
de se comunicar.
Por exemplo, em uma reunião, suas idéias não condizem com o ponto de vista da
maioria. Mas, antes de falar, pense bem, embase sua teoria e apresente
argumentos consistentes. Caso contrário, sua opinião pode ser rejeitada ou até
boicotada. Observe como cada um se comporta na empresa, antes de abraçar o
mundo, finaliza Melo.
|