Aposentadoria - O que avaliar na hora de escolher um plano de previdência com ações?
Investir em previdência privada não é uma tarefa tão fácil de se fazer.
Engana-se quem pensa que basta ir até uma instituição financeira, assinar o
contrato e contribuir mensalmente com um determinado valor. Ao ter essa atitude,
a pessoa pode deixar de ter uma renda maior na hora da aposentadoria. Diante
desse cenário o que fazer?
A princípio, quem está pensando em investir em previdência complementar precisa
ficar atento à alguns aspectos.
Renda Variável e Renda Fixa
Os planos de previdência fechados ou abertos permitem que o segurado aplique
parte das suas contribuições em renda variável e em renda fixa. No caso, se o
investidor quiser ele pode optar por investir até 49% das suas contribuições em
renda variável e o restante em renda fixa.
De acordo com Keyton Pedreira, gerente de Negócios da Kiman Solutions, antes de
iniciar as contribuições em renda variável, o segurado precisa observar os
seguintes pontos:
- Taxa de Gestão Financeira - Nos planos de previdência com
contribuições em renda variável, as taxas administrativas do plano são mais
elevadas, quando comparadas a um plano de previdência de renda fixa;
- Histórico de rentabilidade - O investidor precisa acompanhar e
fazer uma análise sobre o histórico de rentabilidade do investimento
escolhido;
"Ao comparar o histórico de rentabilidade, o investidor precisa efetuar a
análise com planos de previdência com uma mesma alocação. Não adianta
comparar um plano de previdência com 10% de investimentos em renda variável
com um plano de 49% de ações", afirma Keyton.
- Simulações - Geralmente, quando as seguradoras fazem simulações
de rentabilidade de um plano de previdência, elas costumam ser otimistas.
"O ideal é o investidor fazer uma simulação conservadora, dentro dos padrões
do mercado, ou seja, com uma rentabilidade de 6% a 8% de juros reais para os
planos de previdência de renda fixa, e entre 8% e 10% para renda variável",
revela Pedreira.
Cuidados gerais
As pessoas que pretendem ingressar em um plano de previdência complementar
precisam procurar uma seguradora de renome nacional ou internacional para não
correr nenhum tipo de risco.
Procurar informações na Susep (Superintendência de Seguros Privados) sobre as
seguradoras é o primeiro passo.
Além disso, procure ler atentamente o contrato de adesão e tire todas as
dúvidas, com especialistas ou com o próprio gestor do plano.
Para finalizar, ao investir em previdência, a pessoa precisa descobrir o seu
perfil de investidor antes de começar a fazer as contribuições, sobretudo, em
renda variável.
"Em tempos de crise, um investidor que possui investimentos arrojados, com 40%
das suas contribuições em renda variável, mas é conservador, tende a sacar sua
renda em um pior momento possível. Por isso, a importância de adequar o plano de
previdência ao perfil do investidor", ressalta Keyton.
Referência:
InfoMoney
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Autor:
Equipe Infomoney
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