Parece que em meio às energias que emanamos em nossos dias, esquecemos de
transformar os exemplos vividos em ações e novas práticas que deveriam
representar uma tradução automática de destreza ou um treino mais avançado na
busca de melhores adequações a todas as situações que se desenvolvem no contexto
organizacional.
Falando um pouco do ambiente corporativo, como poderíamos esquecer que em
diversos momentos fazemos parte de uma história fantástica, onde nossos papéis
não poderiam ser nada mais nada menos que de "Visionários Estrategistas", cada
um desenvolvendo seu trabalho, ao mesmo tempo em que os propósitos se alinhem em
derrotar o "inimigo"?
Quando falamos em "inimigos" podemos citar: a falta de motivação, o absenteísmo,
a falta de feedback, a inexistência de benefícios adicionais, a falta de
comprometimento e de conscientização da utilização das ferramentas de trabalho,
bem como a deficiência em estabelecer estratégias de negócios que estejam
devidamente alinhadas com a missão, visão, valores e análise de todo o contexto
da organização.
Evidentemente e estrategicamente falando, não podemos dizer que somos detentores
de um sucesso que podemos planejar nos mínimos detalhes, mas somos aqueles
capazes de articular diretrizes e práticas específicas que componham atitudes
desse nosso lado "Líder" e "Empreendedor" que nos direcionem a transformar
passivos em ativos, desmotivação em estímulo, falta de feedback em diálogo
(troca) e avaliações de desempenho em políticas de desenvolvimento.
Quantas vezes temos e tivemos que ser "Super Tudo" em nossas tarefas?
Um exemplo básico, o qual muitos já devem ter passado, acontece quando seu
diretor ou gestor chega pela manhã e lhe oferece uma lista de atividades e pede
que as mesmas sejam entregues ao final do dia. Isto quando ele não entrega no
final da tarde e pede para a manhã seguinte.
Até que aparecesse esta nova lista de atividades havia uma rotina planejada, mas
naquele momento, algo mudaria! Nossa primeira reação: ler, reler, e nos
perguntar por várias vezes se conseguiremos realizar tudo em tempo hábil!
Muitos com certeza já se questionaram com a seguinte frase:
- Porque o dia tem apenas 24 horas? Preciso de mais...
É claro, que depois dos questionamentos partimos para a realidade; colocamos um
sorriso no rosto e lembramos que o tempo é administrado por nós, por isso deverá
ser nosso aliado!
O importante nestes casos é que cada segundo torna-se muito precioso, e por isso
utilizamos cada uma de nossas habilidades para otimizar nosso tempo. Contudo,
verificamos o que deverá ser cumprido, reprogramamos nosso dia e nos tornamos
"Colaboradores na corrida contra o tempo".
- Como então, podemos dizer que não somos "gigantes na arte de fazer acontecer"?
Cada um, em sua particularidade, dá vida aos processos organizacionais e não
podemos esquecer que o desejo em ser melhor indica força de vontade e energia;
características estas que vem da predominância de nossos pensamentos focados no
que realmente desejamos, e isso todos podemos fazer!
Nesta semana fui contatada por uma organização com problemas de motivação e
atingimento de metas dos colaboradores, sendo que a gestora me questionou sobre
o que poderia ser feito! Como desafiá-los a mudar este cenário?
É evidente que primeiramente pedi que a Gestora me contasse um pouco da história
da empresa e relatasse os últimos acontecimentos.
Foi muito interessante, pois a empresa especificamente atua no segmento de
cursos profissionalizantes, ou seja, existem metas de vendas bastante
consideráveis neste caso. Conforme ela foi me relatando a situação existente
hoje, percebi claramente de onde vinham os problemas, pois a organização
preocupou-se em estipular metas, oferecer treinamentos de capacitação para venda
do produto, mas esqueceu-se de proporcionar um ambiente altamente motivador para
que este processo acontecesse. Lembrando que o treinamento oferecido era de
capacitação para venda do produto, mas, e o treinamento motivacional? Devemos
lembrar que tudo o que envolve rotinas torna-se estressante e somente
executável.
Costumo dizer que existe uma frase muito boa para este tipo de situação.
Primeira ligação do dia, o colaborador (telemarketing) direciona-se a seu local
de atendimento, e inicia sua primeira abordagem:
- Bom dia! Meu nome é...! Pede um momento, e pergunta a seu líder se pode sair
para o almoço ao meio-dia!
O colaborador acabou de chegar, interrompeu uma ligação, e quer saber em qual
horário poderá sair para seu momento de "descanso".
- Parece incrível, mas não é!
No caso específico desta organização a rotina do trabalho já se tornou algo tão
operacional que a estratégia e motivação para atrair novos clientes são algo que
depende de fatores que norteiam necessidades internas de treinamento
motivacional, bate-papo com a equipe, gincanas com premiações no alcance de
metas e uma idéia que aprovaram em primeira instância: decoração do ambiente de
trabalho com diversos temas que podem ser de acordo com datas importantes ou
comemorativas, sendo que as próprias equipes serão responsáveis pela decoração
do ambiente de trabalho. O colaborador precisa se sentir como parte da
organização para que ele mesmo vá em busca de resultados.
O ser humano é o meio pelo qual uma organização atinge seus objetivos, mas se o
que acontece é agir como se este talento tenha apenas a equivalência de um
número de registro de funcionário com meta estipulada na frente, teremos uma
realidade totalmente disforme aos princípios que envolvem a Gestão de Pessoas.
Para avançar, ir adiante, o ambiente corporativo precisa de "Influenciadores e
Estrategistas", aqueles que são surpreendentes em suas posições e incrivelmente
magistrais no quesito: diferenciação (dar foco ao que realmente é importante
para o contexto organizacional).
Sábios são os gestores e empresários que fazem de uma notícia estampada na
primeira página do Jornal um ativo motivador para novas práticas
organizacionais.
Um exemplo de notícia que comumente vemos nos jornais:
- Onde está a mão-de-obra qualificada?
Um empresário de forma habitual recebe seu jornal diário e depara-se com o
enunciado acima. No mesmo instante este grande visionário convoca suas
principais lideranças e diz que a pauta da reunião refere-se a seguinte
pergunta:
- O que podemos fazer para manter nossos colaboradores?
Que pergunta simplesmente magnífica! Isto é o que podemos chamar de empreender
sucesso, dar foco no que realmente objetiva resultados, pois criamos
diferenciais à medida que identificamos alternativas e oportunidades que nos
remetam a grandes inovações, afinal, não existe "o quanto" investido quando
ainda não viabilizamos o "como" será aplicado.