O título do artigo até parece máxima popular. De repente, é mesmo. O que
importa é que, no universo das finanças pessoais, algumas atitudes simples
podem, de verdade, criar resultados muito interessantes no médio e(ou) longo
prazo. O segredo que será explorado neste texto é algo muito óbvio, mas pouco
praticado no dia-a-dia das pessoas: quanto mais cedo nos preocupamos em
planejar, mais chances temos de conseguir alcançar nossos objetivos.
Algumas perguntas costumam tirar o sono de muitos brasileiros. Veja se este é
também o seu caso:
- Que tipo de educação financeira estou dando aos meus filhos?
- Que futuro meus filhos terão, dadas as minhas condições financeiras
atuais?
- Será que vale a pena investir em planos complementares de previdência?
Quando devo começar?
- Como financiar os sonhos dos mais jovens sem comprometer o orçamento e
de forma que eles valorizem as conquistas familiares?
Perguntas difíceis, é verdade, mas que, felizmente, têm respostas.
Invariavelmente, para contestá-las de forma objetiva e eficiente devemos ter em
mente objetivos de longo prazo e a necessidade de tomar, hoje, importantes
decisões. Separei duas situações que ilustram o poder das simples idéias e seus
resultados quando aliado ao planejamento.
Jovens engajados com a educação financeira
Não tem segredo, as crianças e jovens precisam participar da atividade
financeira da família e ter papel representativo nessa relação. A mesada,
questão que envolve muito debate, deve reunir os esforços dos pais em simbolizar
a relação com o dinheiro, e não apenas seu desejo de instaurar a independência e
responsabilidade através da remuneração daquilo que é certo e tido como
comportamento mínimo de um cidadão.
A família que envolve seus filhos em questões financeiras domésticas dá a
chance dele entender um pouco dos problemas do mundo adulto e já incute em seu
cotidiano o assunto “dinheiro”. Como grandes espelhos que são, os pais formam a
consciência financeira de seus filhos muito antes do que imaginam.
Mães, cuidado com aquele típico grito “Meu filho, não fica colocando a mão em
dinheiro que dinheiro é sujo!!!”, dado quando o pupilo acha uma moedinha perdida
no chão. Ele pode acreditar em você, o que não é nada bom. Deixando de lado o
aspecto higiênico da frase (pense na metáfora), dinheiro não é sujo. Nunca foi e
nunca será.
O futuro dos filhos, hoje!
A educação dos filhos é uma das responsabilidades dos pais que, como muitos
outros itens do orçamento, tem ficado mais caras com o passar dos anos. Se hoje
seu filho é apenas um bebê - que já traz muitas despesas -, daqui a pouco ele
entrará para a escola e decidirá cursar uma faculdade. Dinheiro, dinheiro e mais
dinheiro para garantir educação de qualidade e a realização de alguns sonhos.
A boa notícia é que tudo isso é possível quando aprendemos a planejar e
antecipar algumas decisões. Cito três exemplos que, certamente, irão despertar
sua atenção:
- Que tal contratar um plano de previdência complementar, pago a partir do
nascimento de seu filho, capaz de facilitar o acúmulo de capital necessário
para ele realizar uma faculdade e ainda ter o primeiro carro?
- E se você desse ações (isso, da bolsa de valores mesmo) de presente para
seus filhos, desde o seu primeiro aniversário, para que ele as administre a
partir da adolescência ou quando entrar na universidade?
- Por que não poupar e investir em algum produto ou investimento de sua
preferência uma quantia mensal fixa, corrijida pela inflação, desde os
primeiros passos de sua linda filhinha? A educação, alguns mimos e grande
parte do seu futuro estarão garantidos.
Espero ter despertado em você, leitor, o interesse em pensar um pouco mais no
futuro e a vontade de incluir, com cada vez mais freqüência, o dinheiro na pauta
da vida, do cotidiano. As idéias, tenho certeza, são conhecidas de todos, mas
sua transformação em resultados só é levada a sério por poucos brasileiros. Por
que?
A reflexão parece simples, mas o caráter subjetivo da análise do perfil de
cada um pode complicá-la. Quem é você? O que você quer para si e para sua
família? Como e onde pretende estar daqui cinco, dez anos? O que você faz,
agora, para chegar lá? Comece por estas perguntas. Que você descubra, como eu, o
prazer que existe em viver tranqüilo, sabendo que o futuro está lá, mas está
aqui. Está seguro.