Não existe gerenciamento perfeito sem processos perfeitos.
Em meu último post, no qual publiquei duas tiras do Dilbert sobre gerenciamento
de projetos, o Sidney, do Infocontrol escreveu uma dúvida interessante: “Como
você costuma lidar quando a gerência é perfeita mas os métodos de trabalho não o
são? Comunicação ou Burocratização?“.
Bom, em primeiro lugar, vamos esclarecer que sempre que dizemos perfeito estamos
nos referindo a algo que atingiu um alto nível de excelência. Perfeição pura não
existe.
Agora, vamos à questão do Sidney. Em minha visão, os métodos de trabalho estão
diretamente associados à gerência. Quem define ou ao menos orienta os processos
em grande parte das empresas são os gestores. Portanto, processos falhos devem
ser diretamente atribuídos a uma gerência imperfeita. Fugir deste fato pareceria
mais uma desculpa de quem está falhando. Por exemplo:
- E se a gerência não é quem define os métodos de trabalho? - Então a
gerência está sendo imperfeita em influenciar a mudança na empresa.
- E se são os altos executivas da empresa os que definem os processos? -
Então a gerência está sendo imperfeita no gerenciamento de stakeholders.
- E se os funcionários não seguem os processos? - Então a gerência está
sendo imperfeita no processo de seleção ou treinamento da equipe.
A lista pode continuar, mas não vejo necessidade. Um gerente que deseja
atingir a excelência deve ter ótimas habilidades em todos os aspectos de seu
trabalho. Falando específicamente do gerente de projetos, isso significa, por
exemplo, dominar a teoria e a aplicação de todas as áreas de conhecimento
relacionadas à atividade, como gerenciamento de escopo, tempo, custos,
qualidade, recursos humanos, comunicações, riscos, aquisições e integração (sim,
colei do PMBOK).
Na prática, a perfeição no existe. O que deve exitir é um constante
aprimoramento da capacidade e das habilidades do gerente de projetos.