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Carreira / Emprego - Uma coisa de cada vez  

Data: 18/12/2008

 
 

Durante muito tempo eu trabalhei com um colega que mantinha uma técnica interessante para selecionar projetos e se livrar dos problemas relacionados à sua área. Como se tratava do todo-poderoso da área comercial e tudo tinha que passar pelo seu crivo, ele formava sempre três pilhas de documentos devidamente organizadas sobre a mesa de trabalho.

A pilha do lado esquerdo dizia respeito aos documentos ou projetos recebidos durante a semana, ou seja, os casos urgentes. A pilha do meio referia-se aos projetos que foram urgentes um dia, agora nem tanto, já que há mais de uma semana ninguém cobrava nada. Por fim, a pilha do lado direito, com o dobro de documentos contidos na pilha do meio, esquecidos ali há mais de um mês, sinal de que o nível de urgência havia sido rebaixado para irrelevante. Como ele sempre dizia, “se alguém reclamar, os projetos estão por aqui, caso contrário, não devem muito importantes”.

Particularmente, eu ficava indignado com tal atitude e considerava aquilo um absurdo, mas o fato é que eu saí da empresa há alguns anos e o indivíduo continua por lá utilizando a mesma técnica, com um pouco mais de velocidade, em razão da globalização e da competitividade, segundo me dizem os remanescentes da época, mas o fato é que ele resistiu bem mais do que eu. Provavelmente, a técnica funciona de alguma maneira, caso contrário, ele já teria sido descoberto. E ele ainda tinha uma grande vantagem sobre mim, conseguia assimilar todas as imposições da matriz sem o menor questionamento.

Durante anos eu lutei, e agora reluto para evitar uma recaída, contra um hábito extremamente nocivo para o desenvolvimento profissional e pessoal do ser humano, a procrastinação. Em poucas palavras, procrastinação é o hábito de se deixar para depois ou para o dia seguinte ou para algum dia, quando sobrar tempo, o que pode ser realizado imediatamente ou em prazo definido, se houver boa vontade e predisposição para o planejamento.

Tudo o que acontece na sua vida está diretamente relacionado com os seguintes pontos: a sua capacidade de atrair coisas boas ou coisas ruins, dependendo do seu estado de espírito; a sua capacidade de realizar a contento aquilo que lhe é atribuído em troca de um benefício ou de uma remuneração; a sua criatividade e a sua capacidade para enfrentar as adversidades que surgem com freqüência no seu caminho todas as vezes que você encontra-se devidamente bem instalado na sua zona de conforto pessoal e profissional.

Imaginemos que você contemple todas as competências mencionadas anteriormente e, ainda assim, sua vida exiba um verdadeiro cabedal de dificuldades, tais como: acúmulo de dívidas no cartão de crédito, limite inteiramente tomado no cheque especial, pressão familiar para redução da carga horária de trabalho, queda no volume de vendas e, por conseqüência, não atingimento das metas, e o que é pior, seu chefe vive perguntando quanto tempo falta para você se aposentar apesar de você ter entrado na empresa há pouco tempo.

Embora a maioria dos profissionais não acredite tanto na sua formidável capacidade de realização, por razões de ordem familiar, histórica e cultural, o seu potencial de criatividade para solução de problemas é inesgotável. Sua dificuldade maior está na falta de disciplina, de organização, de planejamento e, em boa parte dos casos, na sua baixa auto-estima proporcionada por expectativas muito elevadas em relação ao trabalho e à própria vida pessoal.

Alimentar expectativas elevadas não é o problema. A questão é o que fazer e como se preparar para atingir essas expectativas sem parecer prepotente, ganancioso nem ambicioso demais. A pressão exercida pela sociedade sobre o ser humano é digna de reflexão, mas o que você gostaria mesmo é viver de maneira simples, no campo ou na beira do mar, desfrutando das maravilhas da natureza, mas enquanto isso não é possível a vida vai lhe castigando em todos os sentidos.

De fato, a sociedade recomenda que sejamos fortes, apresentáveis, sorridentes, bem-relacionados e, acima de tudo, bem-sucedidos. Isso nos impõe uma sobrecarga violenta de trabalho, além da emocional, praticamente incompatível com a nossa capacidade de resposta. Resultado: frustração, estresse, pressão alta, cara feia todas as manhãs, dívidas, doenças de todos os tipos, pedidos e mais pedidos de licença, demissão ou afastamento.

A tentação de parecermos o que não somos sempre nos persegue e, no fundo, acabamos dando um jeito para tudo, porém o custo é elevado. Por conta da nossa eterna necessidade de querer ser e de ter sempre mais do que o necessário, sacrificamos a saúde, o relacionamento conjugal, o crescimento dos filhos, enfim, o convívio familiar, e não vivemos a vida plenamente.

Tenho pensado muito a respeito de tudo isso, todos os dias, antes de dormir e depois de acordar. Por que vivemos dessa forma? O que precisamos para ter qualidade de vida? Por que assumimos tantos compromissos que não temos condições de cumprir? Quanto vale tomar um bom café da manhã ao lado da família ou fazer aquela viagem que há anos estamos adiando por conta da pressão que a sociedade nos impõe? Embora a sociedade imponha uma série de restrições e de obrigações, cabe a nós a decisão de aceitar aquilo que não condiz com a nossa maneira de ser, pensar e agir.

Assim sendo, quero compartilhar minha experiência com vocês, pois aprendi, a duras penas, que a melhor forma de equilibrar a vida pessoal e a vida profissional é estabelecer prioridades de acordo com a importância das nossas metas. Tentar abraçar o mundo com as pernas é um defeito, por vezes irremediável, que não levará você a lugar algum, portanto, as questões a seguir são fundamentais para ajudá-lo a recuperar o foco e manter acesa a esperança de uma existência mais digna e equilibrada.
 
1.    Uma coisa de cada vez: não existe frustração maior do que várias coisas iniciadas e nenhuma encerrada com sucesso;
2.    Crie metas mensuráveis: o segredo é fracionar a meta principal em pequenas metas seguidas de ações concretas e prazos específicos para conquistá-las;
3.    Estabeleça prioridades: acredite no todo, mas dedique-se ao mais importante de acordo com cada momento da sua existência;
4.    Você é totalmente responsável por sua vida: você não pode mudar as circunstâncias nem os acontecimentos ao seu redor, mas pode mudar a si mesmo.
 
De acordo com Mark Twain, escritor e conferencista norte-americano, o segredo de ir em frente está em começar e o segredo de começar está em repartir as tarefas complexas e esmagadoras em tarefas pequenas e administráveis e, então, começar pela primeira. Pense nisso e seja feliz!



 
Referência: gestaodecarreira.com.br
Autor: Jerônimo Mendes
Aprenda mais !!!
Abaixo colocamos mais algumas dicas :